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O ex-presidente paraguaio Horacio Cartes, acusado de corrupção pelos americanos, e o presidente eleito, Santiago Peña, durante ato de campanha na semana passada
O ex-presidente paraguaio Horacio Cartes, acusado de corrupção pelos americanos, e o presidente eleito, Santiago Peña, durante ato de campanha na semana passada| Foto: EFE/Rubén Peña

Os Estados Unidos parabenizaram nesta segunda-feira (1º) o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, pela vitória nas eleições realizadas no domingo (30) e o convidaram para combaterem juntos a corrupção, a impunidade e a insegurança.

“Esperamos trabalhar com o presidente eleito Peña e seu governo na promoção de interesses comuns, como o combate à corrupção e à impunidade, e a promoção da segurança e do crescimento econômico”, disse o novo porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.

Peña é filiado ao conservador Partido Colorado, legenda do atual presidente, Mario Abdo Benítez, e liderada pelo ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018), que foi alvo de sanções pelos EUA por corrupção, assim como o atual vice-presidente, Hugo Velázquez.

Em sua mensagem, Miller parabenizou Peña pela vitória e o povo paraguaio “pela realização bem-sucedida de uma eleição livre” no domingo, além de aplaudir o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral do Paraguai e das missões internacionais de observação.

“Os interesses e valores democráticos que compartilhamos continuarão a sustentar a relação histórica entre os povos do Paraguai e dos Estados Unidos”, disse o porta-voz americano.

Peña, de 44 anos, venceu por ampla vantagem Efraín Alegre, candidato de uma coalizão de vários partidos de oposição, que fracassou em sua terceira tentativa de chegar à Presidência.

Durante a campanha, Peña sofreu o desgaste da associação a Cartes, alvo de sanções dos Estados Unidos devido a acusações de contrabando de cigarros, lavagem de dinheiro e financiamento a grupos considerados terroristas pela Casa Branca, como o Hezbollah.

“A ligação com Horacio Cartes é inegável. Politicamente, temos trabalhado juntos, fui ministro da Fazenda no seu governo, mas as responsabilidades são pessoais”, afirmou Peña em entrevista à Associated Press durante a campanha.

“Todos nós pedimos que ele se defenda porque estamos convencidos de que essas acusações não têm fundamento”, acrescentou.

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