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Uma poderosa explosão atingiu hoje a capital da Líbia, Trípoli, pouco após aviões de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobrevoarem a cidade, afirmou um correspondente da France Presse. Não está claro ainda o local exato da explosão.

A Otan tem realizado ataques regulares a alvos na capital líbia, desde que os aliados do Ocidente começaram a combater as forças do coronel Muamar Kadafi, em resposta à repressão brutal a protestos no país. Um desses ataques destruiu o escritório de Kadafi em seu complexo residencial em Trípoli, na manhã de segunda-feira.

Também hoje, um líder da oposição, Abdulfatah Younis, ex-ministro de Interior de Kadafi que agora comanda as forças armadas rebeldes, pediu que o Ocidente entregue armas pesadas aos insurgentes. Segundo ele, Kadafi poderia usar gás mostarda para se manter no poder.

Younis falou em Bruxelas, na Bélgica, antes de um encontro sobre a Líbia envolvendo a União Europeia e a Otan. "Kadafi está desesperado agora. Infelizmente, ele ainda possui cerca de 25% de suas armas químicas, que talvez ele pode usar, já que está em uma situação desesperadora", avaliou. "Então temos de pará-lo. Temos de cooperar para pará-lo".

O líder insurgente disse que os rebeldes já receberam uma "pequena quantidade" de armas, mas "ainda esperam que nossos amigos nos forneçam armas novas". "Nós não recebemos as armas apropriadas que precisamos", afirmou, referindo-se a armas "mais avançadas", como helicópteros Apache, mísseis antitanque e barcos rápidos equipados com torpedos.

Ele não quis revelar de que países os rebeldes esperam receber armas. A questão de entregar armas aos insurgentes divide a comunidade internacional. A Itália apoia a medida, mas outros aliados da Otan resistem ou mesmo a rechaçam totalmente.

Fuga

Um navio humanitário que partiu de Misurata hoje, levando cerca de mil pessoas para longe da violência, chegou a Benghazi, principal cidade líbia controlada pelos rebeldes, no leste do país, informaram correspondentes da France Presse. A maioria das pessoas a bordo era formada por trabalhadores imigrantes da África, que estavam presos na cidade do oeste do país.

A viagem foi planejada pela Organização Internacional de Migração (OIM). Havia 1.091 passageiros a bordo, a grande maioria do Níger, mas também do Sudão, Egito e Tunísia, bem como alguns líbios. A OIM afirmou que quase 626.000 pessoas fugiram do conflito líbio. A entidade já retirou de áreas de risco 5.512 pessoas de mais de 20 nacionalidades.

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