O governo do Níger decidiu fechar todos os campos de imigrantes clandestinos situados na região setentrional de Agadez após a morte de 92 pessoas que tentavam entrar na Argélia.
A decisão foi tomada ontem, sexta-feira, em Conselho de Ministros, no qual se ordenou também a abertura de uma investigação para identificar "os atores que alimentam e mantêm a imigração clandestina" nesta área do país, um dos mais pobres do mundo e local de passagem ou ponto de partida de constantes correntes migratórias.
Em comunicado do Conselho de Ministros se indica que a tragédia acontecida no norte de Níger é "o resultado da atividade criminosa realizada pelas redes de traficantes de todo tipo."
Em meados de outubro, 116 pessoas saíram da cidade setentrional nigerina de Arlit em direção à Argélia a bordo de dois caminhões que tinham que atravessar o deserto do Teneré até chegar à fronteira.
No entanto, os dois veículos ficaram sem gasolina na metade de caminho, de modo que os imigrantes tiveram que prosseguir o trajeto a pé, uma decisão que acabou sendo fatal e custou a vida de 52 crianças, 33 mulheres e sete homens.
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