• Carregando...

O governo chileno advertiu na segunda-feira que o frio incipiente e as primeiras chuvas no sul do país poderão agravar a situação crítica de milhares de pessoas que ficaram desabrigadas depois do terremoto e dos tsunamis.

Após nove dias do potente tremor de magnitude 8,8, as fortes réplicas seguem sacudindo o país, com mais de uma dezena de sismos de média magnitude nas últimas horas que prosseguem causando pânico entre a população.

Chuviscou no domingo e em parte de segunda-feira em algumas regiões do sul, numa ante-sala do próximo inverno austral que, somado às baixas temperaturas, complicaria a situação precária de milhares de pessoas em povoados devastados pelo tremor ou varridos do mapa após as ondas gigantes.

"Choveu à noite e as pessoas estão procurando nylon e folhas-de-flandres para forrar as barracas. Todos temos medo disso, que comece a chover. Muita gente está buscando tetos, latas, madeiras para fazer uma casa e se proteger da chuva", disse Ana Silva, de 40 anos, que perdeu sua casa no povoado costeiro de Dichato.

O governo não divulgou o número exato de pessoas dormindo nas ruas ou em albergues improvisados, mas o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, explicou que já foram enviadas 5 mil barracas à região afetada para dar abrigo a 30 mil pessoas.

"A urgência extrema já passou. Entretanto, estamos em emergência. Temos de ajudar aqueles que perderam suas casas, que estão ameaçados agora pela possibilidade de mau tempo", afirmou Pérez Yoma à rádio local Cooperativa.

A situação sanitária nas regiões devastadas é outro motivo de preocupação. Autoridades sanitárias iniciaram uma campanha de vacinação contra a hepatite.

"Estamos calculando que faremos um total de 80 mil doses", explicou a subsecretária do Ministério da Saúde, Jeanette Veja.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]