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Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA | Divulgação/Polícia de Plam Beach
Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA| Foto: Divulgação/Polícia de Plam Beach

Davos – O aquecimento global e o controle das emissões de gás carbônico deixaram de ser uma causa apenas dos ambientalistas, e tornaram-se uma das principais preocupações das grandes potências e das maiores empresas globais. Esta tendência ficou evidente no Fórum Econômico Global de 2007, em Davos, no qual o efeito estufa foi, junto com a retomada das negociações da rodada Doha, o principal tema.

Um número recorde de 17 das cerca de 220 sessões do Fórum de Davos neste ano (realizado entre os dias 24 a 29 de janeiro) foram dedicadas ao tema, explorando os mais diversos aspectos, como os mecanismos de mercado para controlar as emissões, os riscos para a segurança global, os aspectos jurídicos, etc.

Segundo Tony Blair, primeiro-ministro britânico, presente ao encontro, as nações devem buscar um acordo ainda mais radical que o Protocolo de Kyoto (não assinado pelos Estados Unidos), quando este expirar em 2012. "Acho que estamos na iminência de uma grande virada", disse Blair em Davos.

Esta opinião refletiu a visão consensual no Fórum Econômico de que há boas chances de que o controle da emissão de gases do efeito estufa comece de fato a ser exercido em grande escala pelos principais poderes globais, seja no mundo político, seja no das empresas.

Um debate importante em Davos sobre aquecimento global foi o de definir até que ponto este é um problema para ser resolvido pelos mercados, e até que ponto a solução depende dos governos. Uma das preocupações óbvias num encontro dominado por capitalistas foi sobre o risco de regulações excessivas atrapalharem o crescimento das empresas e o desenvolvimento econômico. Mas a tendência geral foi a de considerar que os efeitos nocivos do aquecimento global são piores do que aquele risco. Jacques Aigran, principal executivo da Swiss Re, uma das maiores seguradoras do mundo, observou em Davos que os custos para controlar a mudança do clima são bem menores do que o custo das conseqüências, quando se faz um cálculo baseado nos níveis de risco. "Ficar esperando não é uma resposta válida. Nenhum acionista toleraria uma atitude destas no mundo de negócios. Por que as pessoas iriam tolerar isto da gente?", questionou Aigran.

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