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Condoleezza tenta ressuscitar acordo de paz

Em visita a Jerusalém, como parte de um rápido giro pelo Oriente Médio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou nesta segunda-feira que os EUA não querem controlar, mas sim ajudar a ressuscitar o processo de paz entre palestinos e israelenses.

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Líderes árabes pediram a Israel e ao mundo na quinta-feira que retomem sua proposta de paz para pôr fim ao conflito com Israel, e o presidente palestino advertiu que pode haver mais violência se a "mão para a paz" for rejeitada.

A declaração, feita por uma cúpula árabe, após uma reunião de dois dias, coincide com o empenho renovado dos Estados Unidos pela retomada do processo de paz, e Washington elogiou a declaração. Mas Israel não chegou a considerar a idéia bem-vinda. O governo israelense já havia rejeitado a proposta dos árabes em 2002.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu a Israel que não perca a chance de obter a paz, e disse que a região corre o risco de enfrentar mais guerras se não houver uma solução.

"Reitero a sinceridade da disposição palestina em estender uma mão de paz para o povo israelense. Não devemos desperdiçar mais chances na história dessa longa e dolorosa causa", disse ele no encerramento da cúpula.

O plano oferece a Israel o restabelecimento das relações diplomáticas normais com os países árabes em troca da retirada israelense das terras apreendidas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, além da criação de um Estado palestino.

O vice-premiê israelense Shimon Peres disse na quinta-feira que árabes e israelenses precisam manter negociações diretas de paz, em vez de estabelecer precondições.

"Chegou a hora de começar a negociar, e não só de fazer anúncios", disse ele à TV Al-Jazeera.

O comunicado final lido pelo chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, no encerramento da cúpula, afirmou "a paz justa e abrangente como opção estratégica para a nação árabe, em concordância com a iniciativa árabe de paz", com base na fórmula "terra pela paz".

Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse que os árabes devem usar o plano como "um ponto na diplomacia ativa e como forma de energizar o incentivo à paz no Oriente Médio".

O plano, rejeitado por Israel quando proposto pela primeira vez, há cinco anos, ainda tem entraves importantes a superar. Os israelenses têm objeções a pontos importantes, incluindo o retorno às fronteiras de 1967, a inclusão de Jerusalém Oriental num eventual Estado palestino e o retorno dos refugiados palestinos a terras que hoje são de Israel.

O grupo islamita Hamas, que integra o governo palestino, também tem reservas. Não chegou a manifestar oposição, mas pediu aos líderes árabes que não façam concessões em áreas como o direito de retorno dos refugiados.

O plano final fala apenas em "solução justa" para a questão dos refugiados.

Numa entrevista coletiva de encerramento do evento, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Saud al-Faisal, disse que Israel estará submetendo "não só a região mas ele mesmo a perigos de repercussões imprevisíveis" se ignorar as propostas de paz.

"Israel só quer a normalização. A retirada, negociações sobre Jerusalém e outros assuntos Israel não quer ... Tem de ficar claro que a posição árabe não vem de graça", disse Moussa.

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