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O ministro da Economia, Sergio Massa: desequilíbrios fiscais e escassez de dólares da Argentina dificultaram o cumprimento das metas do primeiro e segundo trimestres junto ao FMI
O ministro da Economia, Sergio Massa: desequilíbrios fiscais e escassez de dólares da Argentina dificultaram o cumprimento das metas do primeiro e segundo trimestres junto ao FMI| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

A Argentina adiou para 31 de julho os vencimentos de capital deste mês com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas confirmou o pagamento dos cupons correspondentes aos títulos soberanos em poder de credores privados, em um contexto de escassez de divisas.

“As autoridades exerceram seu direito como membro de agrupar três recompras [pagamentos de principal] com vencimento em julho e pagá-las no final do mês [ou seja, 31 de julho]”, disse à Agência EFE um porta-voz do FMI.

Assim como fez em junho, o governo argentino decidiu adiar os pagamentos ao FMI até o fim do mês, um dos quais venceria nesta sexta-feira (7), totalizando cerca de US$ 2,6 bilhões.

A mesma estratégia foi aplicada no pagamento de US$ 2,7 bilhões no último dia do mês passado, quando por fim pagou com seus próprios recursos - uma combinação de direitos especiais de saque (SDRs) e yuanes.

O adiamento dos pagamentos ocorre porque não foi finalizada da aprovação das metas trimestrais que dão ao governo argentino direito a receber parcelas de outro pacote de ajuda concedido pelo FMI e que lhe permite pagar vencimentos pendentes com a própria instituição.

A Argentina continua renegociando com o FMI o programa de ajuda que assinou em 2022 para refinanciar a dívida de US$ 45 bilhões contraída com a instituição em 2018. Segundo o ministro da Economia, Sergio Massa, esse programa cobriria os vencimentos correspondentes ao segundo semestre deste ano.

Parte da equipe econômica deveria viajar nesta semana a Washington, onde fica a sede do FMI, para avançar nas discussões, mas hoje isso é incerto.

Os desequilíbrios fiscais e a escassez de dólares da Argentina, exacerbados por uma seca severa que teve um grande impacto no setor agrícola, dificultaram o cumprimento das metas para o primeiro e segundo trimestres deste ano.

Em um contexto de reservas internacionais líquidas negativas, o secretário da Fazenda, Eduardo Setti, confirmou em sua conta no Twitter que a Argentina pagará os quase US$ 1,05 bilhão de cupons de títulos soberanos, tanto de acordo com a legislação estrangeira quanto local.

“De acordo com o calendário habitual, realizaremos pagamentos de cupons de títulos denominados e pagáveis em moeda estrangeira”, anunciou Setti na segunda-feira.

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