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Buenos Aires – O governo argentino autorizou ontem o acesso irrestrito aos arquivos das Forças Armadas para apressar as investigações sobre a repressão durante a ditadura, a dois dias de completar 30 anos do golpe de Estado de 1976. A decisão, anunciada pela ministra da Defesa, Nilda Garré, estabelece "o acesso pleno e irrestrito à documentação e bases de dados" das três forças e às dependências do próprio ministério.

O levantamento do "segredo militar" acontece menos de uma semana depois da descoberta de ações de espionagem sobre civis em uma base da Marinha na Patagônia, que incluíam o presidente Néstor Kirchner, a ministra Garré e centenas de dirigentes políticos, sociais e sindicais. A documentação ficará à disposição do Arquivo Nacional da Memória, o organismo encarregado de reunir as informações sobre as violações aos direitos humanos no regime militar que se prolongou até 1983.

Embora as Forças Armadas tenham garantido que não existem arquivos da repressão, líderes humanitários não descartam que possa existir algum registro das milhares de operações clandestinas que culminaram com o desaparecimento de 30 mil opositores, de acordo com organizações de direitos humanos. Desde que assumiu a Presidência em 2003, Kirchner, um dirigente da esquerda peronista na década de 70, deu um forte impulso ao esclarecimento das violações aos direitos humanos e à condenação dos responsáveis.

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