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O governo argentino autorizou o protesto contra a presença do presidente americano George W. Bush na Cúpula das Américas, convocado para sexta-feira. Com isso, voltou atrás na proibição de manifestações no centro histórico da capital do país. A informação é da agência Ansa.

A passeata foi convocada por centenas de organizações sociais, estudantis, sindicais e de desempregados (piqueteros) com o lema "Não a Bush na Argentina". O presidente americano deve participar da IV Cúpula das Américas, nos dias 4 e 5 de novembro em Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.

Na sexta-feira passada, o governo argentino impediu que 2 mil trabalhadores de saúde, professores e estudantes entrassem na Praça de Mayo - em frente à sede do governo de Buenos Aires -mediante um impressionante dispositivo policial, inédito desde que o presidente Néstor Kirchner assumiu, em maio de 2003.

O ministro do Interior, Aníbal Fernández, havia afirmado que, a partir de agora, os manifestantes deveriam pedir permissão para entrar na Praça de Mayo e que nunca mais se toleraria um protesto de piqueteros.

Fernández anunciou que autorizará a marcha contra Bush na sexta-feira, mas anunciou uma operação de segurança contra bloqueios de ruas no entorno da praça. Também pediu às organizações de piqueteros que assumam o compromisso de não tentar acampar na praça após a manifestação.

O ministro disse que o "o governo não é ninguém para impedir os que têm vontade de se manifestar", mas afirmou que o protesto será feito "sob a lei e a ordem". Organizações de direitos humanos e deputados de esquerda criticaram a intenção do governo de impedir as concentrações de protesto na Praça de Mayo.

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