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Um é militar, outro sindicalista, mas ambos tem o mesmo objetivo: fazer críticas abertas aos Estados Unidos. Hugo Chávez, de 52 anos, presidente venezuelano, é tenente-coronel reformado do Exército e mestre em ciência política. Evo Morales, de 46 anos, presidente eleito da Bolívia, camponês aimará, teve uma trajetória sindical que rapidamente o levou para a política.

Eleito em 1998, Chávez, de estilo autoritário, recebeu críticas por sua agenda de esquerda e falta de avanço no combate à corrupção, a pobreza e a criminalidade na Venezuela. Neste meio tempo, a situação da economia venezuelana também sofreu altos e baixos pela queda nos preços do petróleo, principal produto do país.

Morales, que toma posse no dia 22, é o primeiro presidente indígena da Bolívia. Nasceu em uma pequena comunidade de Oruro, a 400 quilômetros de La Paz. Quando jovem, Morales foi pastor de lhamas e cultivava terra estéril nos Andes. Bom aluno da escola primária, Morales não chegou a terminar o segundo grau. Ao ingressar no Exército, aos 16 anos, fez parte da banda militar. Aprendeu a tocar trombeta, uma de suas habilidades famosas, além de ser bom jogador de futebol.

Nos anos 80, mudou-se para a região de Cochabamba, onde aderiu ao sindicalismo dos cocaleiros. Em 1995, fundou o partido Movimento ao Socialismo (MAS). Morales é motivo de preocupação na Casa Branca, além de suas declarações anti-EUA, por seus planos de nacionalizar os recursos naturais, descriminalizar o cultivo da folha de coca e sua afinidade com Hugo Chávez e Fidel Castro.

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