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O presidente sírio Bashar al-Assad garantiu nesta segunda-feira que vai permitir o acesso de inspetores internacionais a seu arsenal de armas químicas, mas, afirmou que alguns locais podem estar bloqueados por rebeldes. Em entrevista a uma TV chinesa, Assad assegurou que seu governo vai se dedicar para um implementar o acordo de abrir mão de armas químicas, deixando que a comunidade internacional as leve e as destrua. Ele reforçou que Damasco já entregou uma lista de seu arsenal para a agência da ONU que trabalha pelo combate de tais armas.

"Eu não acho que teríamos algum problema com isso", afirmou Assad, referindo-se à visita dos inspetores. "Talvez seja difícil chegar a alguns lugares devido à situação de segurança. Estou falando de lugares onde há homens armados. Eles devem tentar impedir os inspetores", ressalvou.

Segundo o acordo anunciado na semana passada em Genebra - desenhado por Rússia e Estados Unidos -, os inspetores internacionais devem chegar a Síria em novembro. Damasco já cumpriu a primeira parte do plano, entregando na semana passada uma lista de suas armas químicas e indústrias de produção a uma agência da ONU.

Uma vez na Síria, os inspetores devem fazer um relatório de tudo que é necessário para retirar e destruir as armas. De acordo com precisões da ONU, todo o arsenal deve ser desmantelado até 2014.

Um ataque químico que matou centenas de civis nos subúrbios de Damasco iniciou uma grande polêmica sobre o arsenal químico de Assad. Apesar do governo não assumir a autoria da investida, os Estados Unidos e aliados afirmam que há indícios que responsabilizam as Forças Armadas. No entanto, a Rússia, principal aliada de Damasco, entregou um documento à ONU com supostas provas de que os rebeldes teriam perpetrado o ataque.

Assad também culpa os militantes, mas nunca deixou claro como os combatentes supostamente teriam tido acesso ao arsenal proibido. Na entrevista à TV chinesa, ele garantiu as armas químicas da Síria estão bem guardadas.

"Todos os depósitos de armas estão sob condições especiais para impedir que qualquer terrorista ou força destrutiva tenham acesso a eles. Então, não há nada com o que se preocupar. As armas químicas na Síria estão em um local seguro e que está sob controle do Exército".

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