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O embaixador líbio nas Nações Unidas, Abdurrahman Shalgham, na sede das Nações Unidas em Nova York, EUA, em fevereiro de 2011. Shalgham deverá manter o posto como o principal diplomata de Trípoli na ONU | Reuters
O embaixador líbio nas Nações Unidas, Abdurrahman Shalgham, na sede das Nações Unidas em Nova York, EUA, em fevereiro de 2011. Shalgham deverá manter o posto como o principal diplomata de Trípoli na ONU| Foto: Reuters

A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira uma solicitação do governo interino da Líbia para considerar os seus enviados como os únicos representantes líbios no organismo mundial, na prática reconhecendo o Conselho Nacional de Transição (CNT).

A assembléia de 193 nações aprovou a solicitação com 114 votos favoráveis, 17 contra e 15 abstenções. Autoridades da ONU disseram que o embaixador líbio nas Nações Unidas, Abdurrahman Shalgham, deverá manter o posto como o principal diplomata de Trípoli na ONU.

A deserção do vice de Shalgham, Ibrahim Dabbashi, para o campo rebelde em fevereiro de 2011 inspirou dezenas de diplomatas líbios em todo o mundo a denunciar a repressão violenta promovida pelo líder líbio Muamar Kadafi contra os manifestantes pró-democracia.

Shalgham acabou seguindo os passos de Dabbashi e uniu-se à causa rebelde, denunciando Gaddafi em um discurso carregado de emoção no qual comparou o líder do país a Hitler e a Pol Pot.

Vários países da América Latina criticaram duramente a decisão de reconhecer os delegados do novo governo líbio.

O embaixador da Venezuela na ONU, Jorge Valero, disse à Assembléia-Geral que seu país rejeita "a autoridade de transição ilegítima imposta pela intervenção estrangeira" e qualquer tentativa de transformar a Líbia em um "protetorado" da Otan ou do Conselho de Segurança.

Valero também culpou a Otan e o Conselho de Segurança por não conseguir pressionar por um cessar-fogo em vez da vitória dos rebeldes ante Kadafi. Parte das forças do antigo líder continua a se opor aos combatentes do novo governo em áreas isoladas do país, que é produtor de petróleo e membro da Opep.

Delegados de Cuba, da Bolívia e da Nicarágua fizeram declarações semelhantes às de Valero.

Falando em nome dos países do sul da África, Angola pediu o adiamento da votação para reconhecer a Líbia, mas sua moção foi derrotada.

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