O assessor de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, general da reserva Jim Jones, desembarca segunda-feira em Brasília com a missão de mostrar que o acordo dos EUA-Colômbia não significará elevação substantiva do atual contingente militar americano no país e nem representará ameaça aos países da região. A viagem havia sido agendada bem antes da polêmica das bases, envolvendo os governos Álvaro Uribe e Hugo Chávez (Venezuela), mas a visita servirá para dar a versão dos EUA sobre a presença de soldados americanos em três bases na Colômbia até 2019.
Na semana passada, o Itamaraty já havia recebido a informação oficial de Bogotá de que o acordo com os EUA é uma espécie de segunda etapa do Plano Colômbia, orientado para o combate à guerrilha e ao narcotráfico, e envolveria o investimento de US$ 5 bilhões no país.
A manutenção do plano de apoio dos EUA foi concebida após a decisão do Equador de não renovar o acordo que permitiu o uso, por dez anos, da Base de Manta por tropas americanas, que terão de se retirar dali em setembro.
Válido até 2019, o acordo EUA-Colômbia prevê a presença militar americana em três bases - Malambo, Palanquero e Apiay - e a possível extensão para outras duas, de Larandia e de Tolemaida. Em princípio, o acordo proíbe o trânsito das tropas americanas pelo território colombiano.
O governo brasileiro, entretanto, deixará claro a Washington que não quer presença militar estrangeira na América do Sul. A posição brasileira reflete o interesse do governo Lula em reforçar sua liderança regional e o seu temor de que a presença de tropas americanas contamine o processo de integração da região, cujo braço militar é o recém-criado Conselho Sul-americano de Defesa. A presença americana poderia, a rigor, motivar a parceria de países da região com outras nações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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