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Bagdá – A Associação dos Clérigos Muçulmanos pediu ontem que todos os políticos sunitas abandonem o ministério e o Parlamento iraquianos. É a primeira resposta à ordem de prisão decretada pelo Ministério do Interior contra o mais influente clérigo do país, Harith Al Dhari.

A reação sunita só aumenta a fragilidade do instável governo do premier Nuri Al Maliki, que é xiita, como a maioria da população iraquiana, e pode estimular mais violência no país.

Abdul Al Kubaisi, porta-voz da associação, disse que a ordem de prisão busca encobrir "os atos das forças de segurança do governo que matam dúzias de iraquianos diariamente’’.

O vice-presidente Tariq Al Hashimi, também sunita, pediu o cancelamento imediato da ordem de prisão, que, segundo ele, "destrói o plano de reconciliação nacional’’.

O ministro do Interior, o xiita Jawad Al Bolani, assinou a ordem de prisão na noite de quinta-feira, declarando que Al Dhari era procurado por incitar ao terrorismo e à violência. Mas o porta-voz do governo, Ali Al Dabbagh, também xiita, tentou minimizar a ordem, dizendo que era apenas para "investigação’’.

Em outro sinal de que xiitas e sunitas não andam dialogando sequer no gabinete, o vice-primeiro-ministro Barham Saleh disse que o ministério e o gabinete da Presidência não estavam informados da ordem para deter o clérigo.

O clérigo Al Dhari, um extremista sunita que não aceitou a oferta de reconciliação proposta pelo governo para abandonar a insurgência, está há meses fora do Iraque. Ele disse que seu pedido de prisão veio em um momento "em que o governo se sente constrangido por seu fracasso na segurança’’.

Dois dos cinco funcionários de uma empresa de segurança seqüestrados na quinta-feira foram libertados ontem, perto da fronteira com o Kuwait, segundo o governador da província de Basra, Mohammed Al Waili.

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