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Dois dos sete astronautas da atual missão do ônibus espacial Discovery saíram ao espaço no início da manhã deste sábado, para um passeio em que vão testar técnicas de reparo do sistema de proteção térmica da nave e instalar ferramentas na Estação Espacial Internacional.

É a primeira caminhada espacial da missão, que marcou a retomada dos vôos tripulados da Nasa, mas de maneira acidentada. O desprendimento de um pedaço de espuma do tanque externo de combustível durante o lançamento e um possível dano à cobertura isolante sob a nave forçaram a Nasa a suspender futuras viagens e correr para investigar a fundo até que ponto o retorno do Discovery poderia estar comprometido. O mesmo tipo dano causou a tragédia do Columbia, em fevereiro de 2003.

"O japonês Soichi Noguchi e o americano Steve Robinson abriram a escotilha e saíram ao espaço exterior", informou o Centro de Controle de Vôos Espaciais, na Rússia.

O passeio espacial começou às 6h46m (horário de Brasília), com mais de 40 minutos de atraso. O controle da missão informou que o adiamento foi para "uma revisão minuciosa de todos os sistemas e equipamentos".

A previsão é de que a caminhada espacial termine por volta das 13h. É a primeira de três caminhadas espaciais previstas para a missão. Neste passeio os astronautas estão fazendo preparativos para a substituição de um giroscópio da estação e a instalação de uma plataforma externa de armazenagem. Depois disso, eles vão testar técnicas de reparo do isolamento térmico, que começaram a ser desenvolvidas em resposta ao desastre do Columbia. A Nasa quer saber até que ponto danos como o que levou à morte dos sete astronautas a bordo do ônibus espacial em fevereiro de 2003 podem ser consertados no espaço. Os testes estavam planejados e independem do fato de o Discovery, aparentemente, ter sofrido um dano semelhante, ainda que não aparente ter a mesma gravidade.

Encerrada a caminhada espacial, a tripulação vai retomar as inspeções do escudo térmico da nave. O exterior da nave já foi inspecionado duas vezes com ajuda de um braço robótico e um sistema de scanner a laser. As inspeções até agora não acharam danos que a Nasa considere graves, capazes de colocar em risco o retorno dos astronautas à Terra.

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