• Carregando...

Dois astronautas do ônibus espacial Atlantis flutuaram do lado de fora da Estação Espacial Internacional neste domingo, na quarta e última caminhada espacial antes da partida da nave, na terça-feira.

Patrick Forrester e Steven Swanson deixaram a câmara de vácuo da estação por volta das 12h40 locais (16h40 GMT, 13h40 em Brasília), para terminar um trabalho nos giroscópios permitindo que um par de painéis de asa, que produzem eletricidade, possam rastrear o sol em busca de energia.

As asas foram instaladas na semana passada durante a primeira caminhada no espaço do vôo de 13 dias do Atlantis.

Durante a instalação, a rede básica de computadores da estação espacial apresentou problemas, levantando a possibilidade de que esse posto avançado de 100 bilhões de dólares e que ainda está em construção pudesse ter que ser abandonado temporariamente.

Os computadores, construídos na Alemanha, foram fornecidos para a Rússia em troca do equipamento para acoplar o navio de carga europeu, chamado Veículo de Transferência Automatizado (ATV, na sigla em inglês), à estação, no começo do próximo ano.

Os controladores de vôo e os cosmonautas russos que estavam na estação descobriram uma forma de contornar circuitos de proteção suspeitos e tiveram sucesso em restaurar a rede. Os computadores controlam os foguetes de direção que são necessários periodicamente para ajustar a posição da estação no espaço.

A NASA quer ter certeza que os propulsores funcionem adequadamente, amortecendo qualquer movimento causado pelo desacoplamento do ônibus espacial, de 100 toneladas, e tem planos de testar o sistema na segunda-feira.

O ônibus espacial tem suprimentos suficientes para ficar na estação até a quarta-feira, caso surjam problemas.

"Parece que as coisas vão muito bem", disse a diretora de vôo da estação, Holly Ridings.

Os engenheiros não conseguiram determinar a causa exata do problema com o computador, que desencadeou uma onda multinacional de apoio técnico de 24 horas por dia.

A hipótese considerada mais provável é que o ambiente carregado eletricamente ao redor da estação mudou o resultado do acréscimo de mais 17 toneladas de massa para o complexo, desencadeando algum tipo de interferência no sistema de energia do computador.

Aparentemente os computadores da estação foram recuperados, mas os problemas podem estar apenas começando.

Tanto o módulo Columbus, a principal contribuição da Europa para o programa da estação espacial, como a sua nave de carga têm os mesmos sistemas de computadores.

Estão sendo realizadas investigações para determinar se é necessário fazer mudanças antes do lançamento do laboratório, em dezembro, e do vôo de estréia do ATV, em janeiro, disse a Agência Espacial Européia em nota oficial.

O acréscimo do Columbus, de um módulo de construção japonesa chamado Kibo e de um nodo de ligação italiano vão preparar o caminho para que a tripulação da estação dobre de tamanho, de três para seis membros, a partir de 2009 ou 2010.

Forrester e Swanson terminarão um trabalho em uma válvula de respiradouro necessária para uma segunda máquina de geração de oxigênio para apoiar a tripulação expandida.

A NASA tem planos de realizar mais 12 missões de construção e dois vôos de fornecimento antes de a frota do ônibus espacial ser retirada, dentro de três anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]