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Um homem-bomba matou ao menos 29 pessoas e feriu outras 38 após um ataque em uma das principais mesquitas sunitas na capital do Iraque. A ação aconteceu poucos dias antes do fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum dos muçulmanos.

Khaled al Fahdawi, um deputado da província sunita de Al-Anbar está entre as vítimas, segundo a fonte.

- O homem-bomba entrou agindo como se estivesse ferido. Ele entrou na área oração principal e começou a rezar. Mas quando as orações terminaram, ele se explodiu - disse Ahmed Abdul Razaq, que estava na mesquita.

A mesquita Um al-Qura é dirigida por Ahmed Abdel Ghafur al Samarrai, um sunita conhecido por suas pregações virulentas contra extremistas.

Em comunicado emitido já na madrugada de segunda-feira, o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, apelou aos iraquianos que lutem juntos contra os terroristas e os persigam "estejam onde estiverem". O número de mortos e feridos foi fornecido por médicos de dois hospitais de Bagdá e também por dois oficiais da polícia. Todos falaram sob anonimato.

Nenhum grupo extremista assumiu a autoria do atentado, mas ataques com suicidas geralmente são desfechados pela rede extremista Al-Qaeda, que é sunita. Funcionários da inteligência iraquiana especulam se a Al-Qaeda começa a realizar ataques contra sunitas para realimentar a violência sectária no Iraque, cuja maioria da população é muçulmana xiita. Al-Moussawi diz acreditar que como a segurança inteira da mesquita é feita por guardas sunitas, é possível que o agressor tenha entrado no templo com a ajuda de alguém de dentro do local.

Ataques a mesquitas são especialmente sensíveis no Iraque, onde um frágil governo partilhado entre xiitas, sunitas e curdos blocos ainda luta para superar a desconfiança e tensões após a explosão de violência de 2006-2007.

Com a proximidade da retirada de tropas dos EUA do Iraque - prevista para o final do ano -, insurgentes e as milícias estão aumentando ataques a prédios do governo local e das forças de segurança numa tentativa de desestabilizar o governo.

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