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Um grupo de pessoas danificou a sinagoga mais velha de Caracas na sexta-feira (30), no mesmo dia em que o governo de Hugo Chávez recebia os diplomatas expulsos por Israel em resposta ao rompimento das relações bilaterais no último dia 14. O ministro do Exterior da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou o ataque, que foi classificado por líderes judeus como a pior agressão já ocorrida contra a comunidade judaica naquele país. Mas Maduro reiterou a postura clara do governo venezuelano contra a administração "criminal" de Israel. "Nós respeitamos o povo judeu. Mas pedimos respeito ao povo palestino e pelo seu direito à vida", declarou o ministro.

Israel determinou que os diplomatas venezuelanos deixassem seu território até quinta-feira da semana passada (29), em resposta à expulsão dos representantes israelenses na Venezuela, determinada em 6 de janeiro como protesto contra a invasão por Israel da Faixa de Gaza. O governo do presidente Chávez chamou os líderes israelenses de "genocidas", condenando a ofensiva militar que provocou a morte de mais de 1.200 palestinos, muitos deles civis. O objetivo da invasão, segundo Israel, era deter os ataques no sul do país. Os líderes da comunidade israelense na Venezuela expressaram seu temor de que as críticas do governo poderiam ter alentado o ataque da noite de sexta-feira.

No ato de vandalismo, 15 pessoas armadas renderam os seguranças e saquearam a sinagoga e seus escritórios, pintando nas paredes frases como "não os queremos, assassinos" e "morte a todos". O presidente da Confederação das Associações Israelitas da Venezuela, Abraham Levy, pediu respeito nas mensagens do governo. "Esse tipo de declaração sem controle penetra na nossa sociedade", afirmou. Levy manifestou o seu temor em relação às expressões antissemitas que têm aparecido nos meios de comunicação do governo. "Se o governo não é antissemita, tem que reprimir essas ações antissemitas que emergem dos meios do governo", disse. A comunidade judaica está na Venezuela há mais de 100 anos e conta com 20 mil integrantes, segundo o presidente da Associação Israelita da Venezuela, Elias Farache.

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