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Policiais entrevistando pessoas do lado de fora de um bar de música country e salão de dança em Thousand Oaks, na área de Los Angeles, depois que um atirador invadiu o local lotado e abriu fogo  | JEREMY CHILDS/AFP
Policiais entrevistando pessoas do lado de fora de um bar de música country e salão de dança em Thousand Oaks, na área de Los Angeles, depois que um atirador invadiu o local lotado e abriu fogo | Foto: JEREMY CHILDS/AFP

Um homem abriu fogo em um bar no sul da Califórnia, matando pelo menos 12 pessoas e deixando várias pessoas feridas na noite de quarta-feira (7). Um dos policiais que atendeu à ocorrência foi baleado múltiplas vezes e morreu enquanto recebia atendimento em um hospital próximo.

Policiais disseram a jornais locais que receberam a ocorrência por volta das 23h20 (locais) e que ao menos 30 tiros foram disparados no Borderline Bar & Grill, em Thousand Oaks, a cerca de 64 km de Los Angeles. 

Segundo o xerife do Condado de Ventura, Geoff Dean, o atirador era Ian David Long, de 28 anos. Veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Long usou uma pistola Glock de calibre .45 no ataque. As autoridades disseram, em coletiva de imprensa, que ele já havia tido contato com os policiais várias vezes por pequenos eventos, como uma colisão de trânsito.

O bar Borderline, em Thousand Okas, Califórnia, foi cenário de um terrível tiroteio que deixou 12 mortosDAVID MCNEW/AFP

 

O xerife também contou que, em abril deste ano, os policiais foram chamados à sua casa após denúncias de perturbação. 

“Eles chamaram nossa equipe de intervenção em crises, nossos especialistas em saúde mental que se encontraram com ele, conversaram com ele e o liberaram. Não sentiram que ele estava qualificado para ser levado sob o 5150 (internação involuntária)", contou Dean aos repórteres.

As autoridades locais acreditam que Long se suicidou. Seu corpo foi encontrado no local com um ferimento provocado por arma de fogo.

Vítimas

Ainda não há muitas informações sobre as vítimas, mas presume-se que a maioria seja jovem. A Universidade Pepperdine disse, pelo Twitter, que vários de seus estudantes estavam presentes no Borderline quando o tiroteio ocorreu.

“Há uma cena horrível lá, há sangue por toda parte”, disse Dean, acrescentando que o motivo do ataque ainda não está claro.

Um dos policiais que atendeu o tiroteio morreu. Sargento Ron Helus foi um dos primeiros a chegar ao local, segundo a CNN, foi baleado e morreu no hospital. Ele planejava se aposentar “perto do ano que vem”, disse o xerife Geoff Dean aos repórteres.

Um homem e seu padrasto entrevistados pela ABC7 Eyewitness News disseram ter ouvido cerca de 12 tiros antes que eles pudessem sair pela porta da frente da boate. 

"Ele disparou o primeiro tiro", disse o padrasto. "E eu sabia que era real. Meu filho achou que era uma piada, então eu o puxei para baixo para ter um pouco de cobertura. Eu olhei para cima e ele estava se movendo para a direita. Ele atirou no porteiro, que era apenas um jovem. Então ele atirou na caixa, apenas uma menina". 

Múltiplas testemunhas descreveram ter visto fumaça, possivelmente de bombas de fumaça, e disseram que as pessoas usavam cadeiras para quebrar janelas e fugir do local. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado da situação e elogiou a bravura dos policiais.

“Grande bravura mostrada pela polícia. A patrulha rodoviária da Califórnia estava na cena dentro de 3 minutos, e o primeiro oficial a entrar no local foi baleado inúmeras vezes... Deus abençoe todas as vítimas e famílias das vítimas. Obrigado às Forças de Segurança”, escreveu ele em um tuíte.

Borderline descreve-se como o maior salão de dança do país, com uma pista de cerca de  230 metros quadrados. Fontes ouvidas pela imprensa americana estimam que havia centenas de pessoas no local no momento do ataque.

O tiroteio ocorre pouco mais de um ano depois que 58 pessoas morreram em um festival de música country em Las Vegas, quando Stephen Paddock, 64 anos, abriu fogo no 32º andar do Mandalay Bay Resort e Casino.

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