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Aviões militares do Iêmen mataram seis integrantes da rede terrorista Al-Qaeda nesta sexta-feira, perto de um vilarejo no deserto vizinho à fronteira com a Arábia Saudita. Entre os mortos está um importante líder militar da Al-Qaeda, Qassim al-Raimi, que planejou assassinar o embaixador dos Estados Unidos, disseram oficiais da segurança iemenita.

O ataque aéreo aconteceu na província de Jouf, uma das três onde a Al-Qaeda tem sua presença mais forte no país. No início de janeiro, o governo iemenita despachou milhares de soldados para Jouf e para as duas províncias de Marib e Abyan. Segundo militares iemenitas, dois terroristas conseguiram fugir no deserto.

Quatro dos mortos estavam na lista dos insurgentes da Al-Qaeda mais procurados pelo governo, incluído Qassim al-Raimi, considerado o principal chefe militar do braço da rede terrorista no Iêmen.

Com o auxílio e o treinamento da unidade contraterrorismo dos EUA, o Iêmen ampliou as operações contra a Al-Qaeda nas últimas semanas, lançando ataques aéreos e despachando milhares de soldados às áreas onde o grupo estabeleceu bases junto a tribos simpáticas.

O ataque desta sexta-feira aconteceu próximo ao vilarejo de Yatama, 190 quilômetros ao noroeste da capital Sanaa, informaram os oficiais da segurança. Eles falaram sob anonimato.

Em 2005, al-Raimi foi condenado e sentenciado a cinco anos de prisão por planejar um ataque a bomba contra o bairro diplomático da capital e planejar o assassinato do embaixador americano. As conspirações fracassaram.

Al-Raimi escapou da prisão no ano seguinte com outros 21 insurgentes. Também entre os mortos nesta sexta-feira estava Ammar al-Waeli, que foi acusado de envolvimento num ataque suicida em 2007, no qual foram mortos sete turistas espanhóis e dois iemenitas que visitavam um templo no Iêmen central.

Al-Waeli também é suspeito de estar envolvido no sequestro de uma família alemã e de um homem britânico, que desapareceram em junho do ano passado e ainda não foram encontrados.

O governo americano está pressionando o Iêmen a agir contra a Al-Qaeda na Península Arábica, um braço da rede terrorista que assumiu a responsabilidade sobre a tentativa fracassada de derrubar um avião comercial dos EUA em 25 de dezembro.

Um grupo de proeminentes clérigos islâmicos, incluído um que Washington afirma ser o mentor espiritual de Osama bin Laden, alertou na quinta-feira que eles irão convocar a jihad, ou guerra santa, se os EUA enviarem tropas para lutar contra a Al-Qaeda no Iêmen.

O alerta aponta para o governo iemenita, que vive um dilema ao cooperar com Washington contra a Al-Qaeda. O fraco governo iemenita precisa ser cuidadoso para evitar que os radicais islâmicos se revoltem.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que não deseja enviar soldados para o Iêmen.

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