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Quatro milicianos palestinos ficaram feridos nesta sexta-feira em um ataque aéreo de Israel. A ofensiva ocorreu após a fracassada tentativa, por parte da Jihad Islâmica, de sequestrar um militar israelense durante a madrugada, em um incidente no qual morreram um soldado e um miliciano.

Os quatro feridos fazem parte de um comando de milicianos que circulava em motocicletas ao leste da cidade de Janyunes, disse o porta-voz dos serviços de emergência na Faixa de Gaza, Adham Abu Silmeya, que acrescentou que dois deles se encontram em estado crítico.

Pouco antes, o escritório do porta-voz do Exército israelense havia informado que dois mísseis foram disparados contra povoações civis ao leste da fronteira com Gaza sem causar danos, mas não especificou se o comando está relacionado com esse fato.

Fontes palestinas, por sua parte, explicaram que desde a madrugada o Exército bombardeou a faixa na busca por milicianos, o que impede o acesso de ambulâncias palestinas e, portanto, que se conheça o número exato de mortos e feridos.Moradores da aldeia de Abasan, ao leste da localidade de Janyunes, relataram que forças de infantaria israelenses penetraram 350 metros dentro do território palestino para buscar suspeitos, sob a cobertura de helicópteros e aviões sem piloto que dispararam contra diferentes pontos.

Tensão na fronteira

A tensão na fronteira entre Israel e Gaza voltou a disparar hoje, pela primeira vez desde março, após a morte de um soldado israelense e de um miliciano palestino em um incidente armado antes do amanhecer.Porta-vozes militares disseram que o miliciano conseguiu abrir um buraco na cerca eletrônica que separa os dois territórios e entrou em Israel.

Soldados da Brigada Golani que se deslocaram ao local mataram o intruso em um tiroteio no qual também morreu Netanel Moshiashvili, um soldado de 21 anos.Em Gaza, o braço armado da Jihad Islâmica se responsabilizou pelo ataque fronteiriço e identificou o miliciano como Ahmed Abu Nasser, que tentava capturar um soldado israelense para depois permutá-lo por prisioneiros palestinos.

Em 2006, três grupos armados palestinos, entre eles o do movimento islamita Hamas, sequestraram o soldado Gilad Shalit em uma ação parecida e o trocaram em 2011 por mil palestinos que estavam em prisões israelenses.

Após ter se retirado da faixa em 2005, o Exército israelense criou uma "zona de amortiguação" de 300 metros dentro do território palestino à qual proíbe o acesso a fim de impedir ataques contra as forças que patrulham a cerca eletrônica fronteiriça.

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