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Mais de 40 membros de uma milícia hutu ruandesa suspeita de atrocidades durante o genocídio de Ruanda de 1994 foram mortos em um ataque aéreo na noite desta quinta-feira (12), informou nesta sexta-feira um porta-voz militar do Exército da República Democrática do Congo (antigo Zaire).

O ataque aéreo teve na mira as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda, um grupo insurgente, disse Oliver Hamuli, porta-voz da operação militar conjunta entre Ruanda e o Congo, que tenta esmagar os remanescentes da milícia hutu.

O grupo é constituído principalmente por hutus étnicos de Ruanda que fugiram e atravessaram a fronteira com o Congo, após terem participado do massacre de mais de 500 mil pessoas da etnia tutsi em 1994.

Hamuli também disse que vários integrantes da milícia ficaram feridos no ataque, que ocorreu na noite de quinta-feira em Kashebere, no Leste do Congo, região de Masisi. Alguns quilômetros além do acampamento destruído pelos aviões, um outro campo de insurgentes hutus ruandeses foi atacado, deixando um número desconhecido de mortos. "Acreditamos que o número de baixas foi grande. Os sobreviventes jogaram os corpos no rio", disse Hamuli.

Os ecos do terrível genocídio de 1994 em Ruanda ainda atormentam o vizinho Congo, quinze anos depois. A presença de uma milícia hutu no leste do Congo desestabilizou a região e levou à formação de um exército para combatê-la, formado por tutsis congoleses. Embora esse exército alegue que protege os tutsis da região, também é acusado de enormes violações aos direitos humanos, assim como a milícia hutu. Congo e Ruanda já entraram em guerra duas vezes nos últimos anos.

Mas no mês passado os governos dos dois países decidiram lançar uma operação conjunta para esmagar as Forças Democráticas. As tropas ruandesas deverão deixar o Congo no próximo mês. As informações são da Associated Press.

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