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Pelo menos 55 membros do Estado Islâmico (EI) morreram neste sábado (25) após os bombardeios mais intensos realizados até o momento pela coalizão internacional contra as posições do grupo jihadista da cidade iraquiana de Mossul.

O general da polícia da província de Nineveh, no norte do país, Khaled al Hamdani, explicou à EFE que o local mais bombardeado foi um acampamento na cidade de Al Kendi, usado pelos radicais como sede militar.

A ofensiva, realizada com morteiros e, sobretudo, aviões franceses, destruiu também munições e armas guardadas pelo EI na região.

O general disse que, após os ataques, integrantes do EI enviaram muitas ambulâncias ao local para transferir feridos e mortos. Além disso, cortaram a comunicação e a eletricidade na cidade.Por outro lado, fontes médicas afirmaram que o hospital de Mossul recebeu mais de 150 vítimas, entre mortos e feridos. Mais de 50 corpos foram levados pelo EI ao cemitério de Wadi Akab.

Em junho, os extremistas lançaram um ataque relâmpago e com isso conseguiram controlar largas zonas no norte do Iraque, incluindo Mossul, e proclamaram a formação de um califado no país e na vizinha Síria.

Ataque

No mesmo dia, jihadistas do EI realizaram um novo ataque em direção à fronteira com a Turquia, ao norte de Kobane, a cidade síria defendida ferozmente pelos curdos, que ainda estão à espera de reforços do Curdistão iraquiano.

Os extremistas, posicionados perto da fronteira com a Turquia, "fizeram disparos de artilharia pesada em direção a fronteira", e pelo menos "quatro morteiros caíram do lado turco", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que se baseia em uma vasta rede de observadores em todo o país.

Enquanto isso, na sexta-feira (24) à noite, os intensos combates foram retomados nas ruas desta cidade sitiada pelos radicais desde 16 de setembro.Apesar de estarem em menor número e com armas inferiores às dos jihadistas, as forças curdas resistem, mas a chegada de cerca de mil rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL), anunciada na sexta-feira por Ancara, é cada vez mais incerta após líderes curdos sírios garantirem não existir nenhum acordo nesse sentido.Mas o reforço de cerca de 150 peshmergas (combatentes curdos iraquianos), parece certo e deverá chegar na próxima semana, passando pela fronteira turca.

Ancara concordou em permitir a passagem dos combatentes curdos iraquianos, mas ainda se recusa a deixar que os curdos de outras nacionalidades venham para ajudar as milícias curdas da Síria, considerando-os "terroristas" ligados ao PKK, o partido curdo turco que desde 1984 realiza uma insurgência separatista.

Em todo caso, a oposição síria considera necessário abrir outras frentes de combate contra os jihadistas no país para afrouxar o cerco sobre Kobane.

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