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O regime iraniano, liderado por Ali Khamenei, tem aumentado as ameaças de um conflito regional no Oriente Médio
O regime iraniano, liderado por Ali Khamenei, tem aumentado as ameaças de um conflito regional no Oriente Médio| Foto: EFE/ Oficina do Líder Supremo do Irã

Pelo menos três combatentes do grupo de milícias pró-Irã Multidão Popular, entre eles um importante comandante, morreram em um ataque de drones contra um dos seus quartéis-generais, no leste de Bagdá, nesta quinta-feira (4).

O ataque, ainda de origem desconhecida, matou Mushtaq Talib al Saidi, conhecido pelo codinome Abu Taqua, comandante da 12ª Brigada do movimento pró-Irã Al Nujaba – que opera sob a égide da Multidão Popular –, e seu braço direito, além de outro membro do grupo, informou à Agência EFE uma fonte do Ministério do Interior iraquiano, que acrescentou que a ação também deixou cinco feridos.

A milícia Al Nujaba confirmou em sua conta oficial do Telegram que Abu Taqua foi morto em um “bombardeio com um drone americano”, mas até agora ninguém assumiu a responsabilidade pela ação.

O ataque ocorreu contra um quartel-general de apoio logístico da Multidão Popular, que fica próximo ao complexo do Ministério do Interior iraquiano, segundo as fontes.

O movimento, financiado pelo Irã, mostrou um carro incendiado, no qual supostamente viajavam os integrantes assassinados do grupo, dentro do complexo logístico atacado da Multidão Popular.

O Exército do Iraque culpou a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos pelas mortes. "As Forças Armadas iraquianas responsabilizam as forças da coalizão internacional por este ataque injustificável contra uma agência de segurança iraquiana que opera de acordo com os poderes que lhe foram conferidos pelo comandante das Forças Armadas, o que mina todos os entendimentos entre ambas as forças", disse o porta-voz do comandante do Exército iraquiano, Yahya Rasul, em comunicado.

“Consideramos que trata-se de uma escalada perigosa e um ataque contra o Iraque, longe do espírito e da letra do mandato e do trabalho para o qual foi criada a coalizão internacional no país”, zia ainda a nota, também reproduzida pela gabinete de imprensa do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al Sudani.

O Exército iraquiano considerou esta ação um "ataque e uma violação flagrante da soberania e segurança do Iraque", acrescentando que “não é diferente dos atos terroristas”.

No início do mês de dezembro, pelo menos cinco membros do Al Nujaba também foram mortos em um ataque de drone de origem desconhecida, que teve como alvo a sede do grupo na província de Kirkuk, no nordeste do Iraque.

O Al Nujaba também faz parte da chamada Resistência Islâmica no Iraque, que tem lançado ataques contra alvos com presença americana no país árabe e na Síria desde que eclodiu a guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel.

O ataque ocorre apenas um dia depois de mais de 80 pessoas terem morrido em uma dupla explosão - ainda não reivindicada - na cidade iraniana de Kerman, quando milhares de pessoas participavam na cerimônia que recordava o aniversário do assassinato do tenente-general Qassem Soleimani.

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