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As forças de segurança sírias invadiram várias cidades e vilas do país nesta segunda-feira, matando pelo menos seis pessoas - dentre elas uma criança - e deixando vários feridos durante ataques e buscas casa a casa, informaram ativistas.

A maior operação parece ter ocorrido em Sarameen, na província de Idlib, no norte, onde segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos - sediado em Londres - cinco pessoas foram mortas e mais de 60 ficaram feridas. Uma pessoa também morreu durante ataques em Qara, um subúrbio da capital Damasco.

Ataques semelhantes também foram relatados na vila de Heet, perto da fronteira com o Líbano, e um forte contingente militar foi enviado para as proximidades da cidade de Rastan, que se tornou um centro de dissidência contra o regime do presidente Bashar Assad durante os cinco meses de levante.

O primeiro-ministro da Turquia, ex-aliado próximo de Assad, advertiu o presidente sírio que seu regime pode chegar ao fim da mesma forma como aconteceu na Tunísia, no Egito e na Líbia se a violenta repressão contra os manifestantes não foi interrompida.

A Síria está sob crescentes críticas internacionais em razão da violenta repressão contra manifestantes contrários ao governo, iniciado em março. Os Estados Unidos e líderes europeus já pediram que Assad deixe o poder.

As declarações do premiê turco têm muito significado porque foram feitas por um líder que teve fortes laços diplomáticos com a Síria. "A única saída é silenciar imediatamente as armas e ouvir as demandas do povo", disse o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan durante seu discurso mensal transmitido pela televisão turca na noite de domingo. "Temos visto o destino daqueles que não escolheram este caminho nos últimos meses na Tunísia, no Egito - e agora na Líbia - como uma advertência e com tristeza."

"As exigências de democracia e liberdade são demandas justas da população. No mundo atual, não há lugar para governo de um homem só, para regimes autocráticos e comunidades fechadas", disse ele.

Em Sarameen, cinco pessoas, dentre elas uma criança, foram mortas e mais de 60 ficaram feridas durante ataques das forças de segurança, segundo Rami Abdul-Rahman, presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, e o grupo ativista Comitês de Coordenação Locais.

Grupos de direitos humanos disseram que três pessoas foram mortas durante a noite na cidade de al-Boukamal, no leste, perto da fronteira com o Iraque. Abdul-Rahman disse que as vítimas foram mortas durante ataques das forças de segurança que perseguiam ativistas na semana. Disparos esporádicos também foram relatados em várias parte do país. As informações são da Associated Press.

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