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Aviões não-tripulados dos Estados Unidos dispararam hoje 12 mísseis, destruindo um campo de treinamento para insurgentes islamitas no cinturão tribal do Paquistão. Catorze pessoas morreram no ataque, segundo funcionários do setor de segurança.

Foi a segunda ofensiva na montanhosa região perto da fronteira afegã desde o domingo, quando os Estados Unidos acusaram o Taleban paquistanês de estar por trás de um frustrado atentado com um carro-bomba na Times Square, em Nova York, há dez dias.

O campo de treinamento era comandado por militantes ligados ao senhor de guerra afegão Hafiz Gul Bahadur, que por sua vez é ligado ao Taleban. Acredita-se que Bahadur controle 2 mil combatentes, que atacam as forças lideradas pelos EUA ao longo da fronteira afegã, segundo os funcionários. O complexo atingido fica na área de Lowara Mandi, no Waziristão do Norte. A zona é considerada um foco de militantes do Taleban e da Al-Qaeda, nas áreas tribais semiautônomas do Paquistão.

"Segundo as mais recentes informações que temos, 14 militantes foram mortos no total. Eles atingiram um complexo e veículos estacionados do lado de fora da casa", disse um alto funcionário do setor de segurança no Paquistão, pedindo anonimato. Não se sabia ainda a identidade dos mortos. A área do ataque fica 50 quilômetros a oeste de Miranshah, principal cidade do Waziristão do Norte.

O frustrado atentado em 1º de maio nos Estados Unidos, que segundo funcionários norte-americanos teve apoio do Tehreek-e-Taliban, o Taleban paquistanês, lançou novamente o foco sobre as redes militantes no cinturão tribal do país, em uma área não controlada pelo governo local. Mais de 900 pessoas morreram em quase 100 ataques com aviões não-tripulados no Paquistão desde agosto de 2008. Os ataques nutrem o sentimento anti-EUA no país muçulmano e são condenados publicamente pelo governo local. As informações são da Dow Jones.

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