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Forças iranianas bombardearam um suposto posto avançado rebelde na região iraquiana semiautônoma curda, matando dois civis iraquianos, informaram autoridades nesta segunda-feira. Trata-se do último episódio dos ataques entre fronteiras que obrigaram centenas de moradores locais a fugirem.

Os disparos de artilharia atingiram a pequena cidade de Sidkan, cerca de 20 quilômetros da fronteira entre Irã e Iraque, disse o prefeito da cidade, Ahmed Qadir. Ele disse que três moradores ficaram feridos nas quatro horas de ataque. O guarda de fronteira curdo capital Ahmed Saleh confirmou as mortes.

O ataque iraniano tinha como alvo, aparentemente, o grupo de oposição curdo iraniano Partido por uma Vida Livre do Curdistão, também conhecido como PEJAK. O grupo se envolveu em confrontos com forças iranianas nos últimos anos e diz que luta por maiores direitos no Irã.

A violência na área fronteiriça obrigou mais de 800 iraquianos curdos a deixar suas casas, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que forneceu até agora ajuda humanitária a 175 famílias de iraquianos curdos.

"Como deixaram para trás todos os seus pertences, a maioria dessas pessoas vive agora em abrigos improvisados, barracas ou dividem casas lotadas com parentes ou amigos", disse o CICV em comunicado nesta segunda-feira.

Teerã afirma que tem direito de atacar as bases do PEJAK no Iraque e acusa os moradores da região curda iraquiana de fornecer abrigo para os rebeldes.

A área de fronteira tem sido um ponto crítico de conflitos nos últimos anos, mesmo depois de os governos xiitas dos dois países terem fortalecido suas relações.

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