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| Foto: TUMAY BERKIN/REUTERS

Um protesto contra a violência na Turquia transformou-se, após a explosão deste sábado (10), no augúrio de dias ainda mais violentos por vir.

O país terá eleições parlamentares daqui a três semanas, e um atentado terrorista desta magnitude – um dos mais graves na história moderna turca – poderá justificar incrementos nas medidas de segurança e nas ações de repressão que, aliás, haviam motivado as manifestações.

Já havia, no início da tarde de hoje (horário do Brasil), relatos de cidades sob toque de recolher no sudeste do país, bloqueios no acesso ao Twitter e protestos na capital.

O governo turco está em conflito com militantes curdos há quase três décadas. Estimam-se 40 mil mortos.

Nos últimos anos, se imaginou que a violência pudesse ser encerrada, mas os embates entre turcos e curdos foram retomados em julho. Ações como a deste sábado ameaçam a chegada da paz.

Na sequência do atentado, Selahattin Demirtas, líder do partido pró-curdo HDP, falou a repórteres em Istambul e perguntou-se como um Estado com tamanha Inteligência como o da Turquia não previu um ataque tão robusto.

Ele também perguntou-se, referindo-se de maneira velada ao governo, como “líderes de gangues podem realizar manifestações a salvo neste país, mas aqueles que querem a paz são assassinados”.

O governo do presidente turco Recep Tayyip Erdogan também parece ter enviado uma mensagem ao HDP, ao condenar o ataque de sábado afirmando que “os maiores aliados do terrorismo são aqueles que usam duas medidas diante do terrorismo”.

O HDP – que tem sido recentemente alvo de dezenas de ataques – é visto como um aliado do partido curdo PKK, considerado terrorista pela Turquia e pelos EUA.

O PKK, por sua vez, anunciou durante o sábado, conforme já era esperado, um cessar-fogo unilateral, diante da proximidade das eleições.

Com o movimento, se esperava o aumento da estabilidade no sudeste do país e, assim, o incremento dos votos no HDP durante o pleito parlamentar de 1º de novembro.

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