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Ônibus destruído no atentado à bomba em Volgogrado, realizado por uma daguestanesa | Reuters
Ônibus destruído no atentado à bomba em Volgogrado, realizado por uma daguestanesa| Foto: Reuters

Um atentado suicida cometido por uma mulher contra um ônibus matou ontem pelo menos seis pessoas no sul da Rússia, no pior ataque desse tipo realizado fora da volátil região do Cáucaso Norte em quase três anos.

A ação em Volgogrado provavelmente vai aumentar os temores de novos ataques de militantes islâmicos no momento em que a Rússia se prepara para realizar em fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno 2014 na estância turística de Sochi, no Mar Negro, não muito longe do Cáucaso Nor­­te, região de maioria muçulmana.

O ataque terrorista, atribuído por investigadores a uma mulher de 30 anos do Daguestão – província russa do Cáucaso Norte que está no centro da insurgência – , deixou 32 pessoas feridas, das quais oito estavam em situação crítica, de acordo com um comitê federal de investigações.

A tevê estatal mostrou imagens de uma explosão atingindo um ônibus que trafegava por uma via arborizada, registradas por uma câmera instalada no painel de um carro. Depois que o ônibus parou, passageiros arrastaram-se para fora pelas portas e vidros.

"Houve uma explosão, um estrondo, todos os vidros voaram para fora das janelas", disse à tevê estatal Rossiya um motorista chamado Ivan, que dirigia veículo um pouco atrás do ônibus.

"A nuvem de fumaça rapidamente se dissipou e então vi pessoas começarem a cair e correr para escapar do ônibus", disse ele. "Foi uma visão horrível."

Citando uma fonte da investigação regional, a agência de notícias russa Interfax disse que documentos de identidade da suspeita foram encontrados perto do local, e que se acredita que ela tenha sido mulher de um militante islâmico.

O comitê federal de investigação identificou a suspeita como Naida Asiyalova, de 30 anos, do Daguestão.

"Essa mulher subiu no ônibus em uma das paradas e a explosão ocorreu quase imediatamente depois. Isso foi confirmado por passageiros sobreviventes", afirmou o porta-voz do comitê, Vladimir Markin.

"A explosão foi grande, foi imensa", declarou Vladimir, um homem que disse à rádio Ekho Moscou que sua filha sobreviveu ao atentado. "Quando fui pegá-la, metade do ônibus simplesmente não exista. Foi assustador. Muito assustador", disse.

Nenhum grupo reivindicou de imediato a responsabilidade pelo ataque.

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