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Cingalês chora ao reconhecer uma das vítimas do ataque provocado por um militante suicida na cidade de Akuressa | Lakruwan Wanniarachchi / AFP Photo
Cingalês chora ao reconhecer uma das vítimas do ataque provocado por um militante suicida na cidade de Akuressa| Foto: Lakruwan Wanniarachchi / AFP Photo

Um militante suicida atacou uma procissão islâmica no sul do Sri Lanka nesta terça-feira (10), provocando a morte de 14 pessoas e ferindo 41, entre elas um ministro de governo, informaram autoridades locais.

O governo cingalês atribuiu o ataque ao Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE), sugerindo que o grupo estaria agindo desesperadamente em meio a uma implacável ofensiva do Exército depois de mais de um quarto de século de guerra civil.

A aparente intenção do homem-bomba era atacar seis ministros que participavam da procissão até uma mesquita na cidade de Akuressa para celebrar o Mawlid, feriado islâmico que marca o aniversário do profeta Maomé.

Imagens feitas pela televisão local mostram a procissão transcorrendo tranquilamente até que a explosão faz com que as pessoas saiam correndo em todas as direções. A seguir, corpos carbonizados são vistos no chão diante da mesquita.

Policiais e populares foram vistos socorrendo o ministro de Correios e Telecomunicações, Mahinda Wijesekara, e o colocando dentro de um veículo utilitário com o corpo todo ensanguentado.

Aruna Jayasekera, um médico do hospital de Matara, nas proximidades de Akuressa, disse que Wijesekara está em estado grave de saúde e foi levado a Colombo, onde seria submetido a cirurgia para remover "sangue e objetos estranhos" de seu cérebro.

Enquanto isso, intensas trocas de disparos de artilharia provocaram a morte de pelo menos 49 civis tâmeis na zona de guerra no norte do país, disse um representante do Ministério da Saúde do Sri Lanka na região. Além das 49 pessoas mortas, centenas ficaram feridas.

Grupos humanitários têm manifestado crescente preocupação com dezenas de milhares de civis presos na região em um momento de escalada do conflito entre as forças do governo cingalês e os rebeldes tâmeis.

O LTTE luta desde 1983 por um território independente para os tâmeis, que sofrem marginalização por parte da maioria cingalesa Mais de 70 mil pessoas já foram mortas nesse conflito. Não há indicações de que os muçulmanos, 7% da população do Sri Lanka, sejam alvos específicos dos rebeldes. Porém o LTTE usa a violência para retirar muçulmanos e cingaleses da área dominada pelos tâmeis. As informações da Associated Press.

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