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Membros da defesa civil da Síria, conhecidos como capacetes brancos, retiram uma criança com vida, mas ferida, dos escombros após um ataque aéreo atribuído à Rússia em Maaret al-Numan, na província de Idlib, em 22 de julho de 2019
Membros da defesa civil da Síria, conhecidos como capacetes brancos, retiram uma criança com vida, mas ferida, dos escombros após um ataque aéreo atribuído à Rússia em Maaret al-Numan, na província de Idlib, em 22 de julho de 2019| Foto: Abdulaziz KETAZ / AFP

Pelo menos 103 civis, incluindo 26 crianças, foram mortos em ataques aéreos do governo da Síria e seus aliados em dez locais diferentes (oito na cidade de Idllib e dois em Aleppo), segundo comunicado da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, divulgado nesta sexta-feira (26). Bachelet alertou para a indiferença da comunidade internacional ao crescente número de civis mortos em sucessivos ataques aéreos em regiões da Síria.

"Apesar dos repetidos apelos das Nações Unidas para que seja respeitado o princípio de precaução e distinção na condução das hostilidades, esta última campanha implacável de ataques aéreos do governo e seus aliados continuou a atingir instalações médicas, escolas e outras infraestruturas civis como mercados e padarias", disse Bachelet.

"Estes são objetos civis, e parece altamente improvável, dado o padrão persistente de tais ataques, que todos eles estejam sendo atingidos por acidente", acrescentou. “Ataques intencionais contra civis são crimes de guerra, e aqueles que os ordenaram ou executaram são criminalmente responsáveis por suas ações”, continuou Bachelet, que afirmou estar preocupada porque o massacre na Síria "não está mais no radar internacional".

Os ataques são atribuídos ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad e ao governo da Rússia, seu aliado, que promovem uma ofensiva contra as regiões controladas por rebeldes no nordeste da Síria. O Ministério da Defesa russo negou ter realizado os ataques na semana passada.

Mais de 3 milhões de pessoas vivem em Idlib, que deveria estar protegida por uma trégua internacional. No entanto, a região tem sofrido com o aumento de ataques do regime sírio e aliados nos últimos meses.

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