![Ataques contra igreja e mesquita deixam cerca de 30 mortos em Burkina Faso Os ataques contra locais sagrados aconteceram durante o final de semana](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/02/27134511/MicrosoftTeams-image-88-960x540.jpg)
Pelo menos 14 pessoas morreram em um ataque a uma mesquita no leste de Burkina Faso, onde costumam operar grupos jihadistas, segundo informou a Federação das Associações Islâmicas (FAIB) deste país da África Ocidental em um comunicado enviado nesta terça-feira (27) à Agência EFE.
O ataque ocorreu na cidade de Natiaboani, na região leste, na fronteira com o Níger, país que também sofre com o flagelo do terrorismo jihadista.
“Indivíduos sem fé ou lei voltaram a perpetrar cegamente ataques vis e covardes contra uma mesquita em Natiaboani, na região Leste, causando a morte de vários fiéis, incluindo o grande imã da cidade”, afirmou a FAIB no comunicado.
“Enquanto aguardamos o relatório oficial, os dados que recebemos até agora indicam 14 mortos entre os nossos fiéis, dos quais dois morreram no hospital”, afirmou a federação, ao condenar os ataques terroristas e os “atos injustificáveis de barbárie” em território burquinense.
A FAIB também reafirmou seu “pleno apoio a todos os combatentes nas diferentes frentes, bem como às autoridades do país” na luta contra o terrorismo.
No domingo (25), pelo menos 15 pessoas morreram em um outro ataque a uma igreja católica na região do Sahel (nordeste), também afligida pelo jihadismo.
Desde 2015, vários grupos jihadistas, ligados tanto à Al Qaeda como ao Estado Islâmico, estabeleceram-se em Burkina Faso, onde atacam constantemente a população. Nos últimos nove anos, milhares de pessoas foram mortas em numerosos ataques.
O país sofreu dois golpes de Estado em 2022: um em 24 de janeiro, liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, e outro em 30 de setembro, liderado pelo capitão Ibrahim Traoré, que atualmente lidera a nação.
Ambos os golpes ocorreram em meio ao descontentamento entre a população e o Exército devido aos ataques jihadistas, que forçaram o deslocamento de mais de dois milhões de pessoas, segundo o governo burquinense.
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