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Grupo rasga a bandeira confederada em Charleston, Carolina do Sul. Flâmula tem sido usada por grupos que propagam o ódio racial nos Estados Unidos | MICHAEL NELSON/EFE
Grupo rasga a bandeira confederada em Charleston, Carolina do Sul. Flâmula tem sido usada por grupos que propagam o ódio racial nos Estados Unidos| Foto: MICHAEL NELSON/EFE

Desde os ataques de 11 de setembro, quase o dobro de pessoas foram mortas nos Estados Unidos por supremacistas brancos e extremistas antigovernamentais do que por muçulmanos radicais, informou o “New York Times” nesta quarta-feira (24).

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Segundo um estudo do centro de pesquisa Nova América, neste período, 48 americanos morreram em atentados sem relação com motivações muçulmanas, enquanto 26 foram vítimas de autoproclamados jihadistas.

O caso mais recente que evidencia a pesquisa foi o massacre em uma igreja frequentada por negros em Charleston, na Carolina do Sul, que deixou nove mortos. O ataque da última semana , considerado como um “crime racial”, gerou muita comoção entre os americanos e reacendeu a discussão sobre manifestações de supremacia branca.

Mas o episódio é só mais um exemplo de uma série de atentados letais realizados por pessoas que defendem o ódio racial, a hostilidade ao governo e teorias que negam a legitimidade das leis americanas.

“As agências de aplicação da lei em todo o país têm mostrado que a ameaça de extremistas muçulmanos não é tão grande quanto a ameaça de extremistas de direita”, disse Charles Kurzman, da Universidade da Carolina do Norte.

A pesquisa mostra que foram realizados 19 ataques deste tipo desde 11 de setembro. No mesmo período, ocorreram sete ataques letais por militantes islâmicos.

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Esses números, novos para o público, já são conhecidos pelas autoridades. Uma pesquisa a ser publicada esta semana perguntou a 382 departamentos de polícia e delegacias por todo o país quais eram as três maiores ameaças de extremismo em cada local. Enquanto 74% dos interrogados respondeu violência contra o governo, 39% apontou a al Qaeda.

Segundo o especialista em terrorismo John G. Horgan, da Universidade de Massachusetts Lowell, o descompasso entre as percepções públicas e casos reais está cada vez mais óbvio para os estudiosos.

“Agora há uma aceitação da ideia de que a ameaça do terrorismo jihadista nos Estados Unidos tem sido exagerada”, disse Horgan. “E há uma crença de que a ameaça da extrema-direita, a violência contra o governo tem sido subestimado”.

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