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Uma série de ataques contra alvos ocidentais no Afeganistão encerraram o ano em que a guerra afegã virou prioridade dos EUA. Em um dos episódios mais sangrentos da história da CIA, sete agentes do serviço secreto e um funcionário local foram mortos na quarta-feira em um atentado suicida contra uma base em Khost, perto da fronteira com o Paquistão. Em outro ataque, quatro militares e uma jornalista canadenses morreram.

No atentado contra a base da CIA, o suicida vestia um uniforme do Exército afegão. As investigações ainda não concluíram se ele havia roubado a vestimenta ou se integrava as forças armadas do Afeganistão. O ataque foi o mais letal contra a agência americana, que, desde a sua criação, em 1947, havia perdido apenas 90 funcionários em ação. Apenas em 2009 morreram 310 americanos no Afeganistão - o número é o dobro do registrado no ano passado.

Desde a invasão do país, em outubro de 2001, 949 americanos morreram no conflito. "A operação foi realizada por um valioso membro do Exército do Afeganistão", disse Zabihullah Mujahid, que atua como porta-voz da milícia extremista Taleban, que reivindicou a autoria do atentado. Já o Ministério da Defesa afegão negou que o terrorista fosse um soldado.

Caso o Taleban esteja falando a verdade, o ataque seria um revés para o governo do presidente dos EUA, Barack Obama, que anunciou recentemente o envio de mais 30 mil soldados para lutar no país, ampliando o contingente americano para 100 mil homens, cujo objetivo seria treinar tropas afegãs. Após saber dos ataques, Washington se restringiu a lamentar as mortes, confirmando que as vítimas eram membros da CIA.

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