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Foz do Iguaçu – De hora em hora, o comerciante de Foz do Iguaçu Ali Kahwji, 33 anos, telefona para Beirute, capital do Líbano. Lá estão a mulher dele, a brasileira Cleion Ribeiro, 33 anos, e os filhos Hassan Kahwaji, 9 anos, e Merian Kahwaji, 2 anos. Eles fazem parte de uma legião de mais de 500 moradores de Foz do Iguaçu impossibilitados de sair do país devido aos bombardeios israelenses.

A estimativa da comunidade árabe é de que mais de mil brasileiros estão entre os cerca de 10 mil turistas das Américas que passam férias no Líbano. Os ataques de Israel ocorrem em plena temporada de verão.

A maioria dos 12 mil árabes e descendentes que vivem em Foz do Iguaçu possui familiares morando no Líbano ou em viagem de férias.

Eles temem que os parentes tenham o mesmo destino da família do comerciante de Foz do Iguaçu Akil Merhi, 34 anos, que morreu na madrugada de quarta-feira com a mulher Alzam Jaber, 28 anos, e os filhos Hadi Merhi, 8, e Fátima Merhi, 4 anos, durante um bombardeio israelense.

Kahwji diz que a mulher viajou com os filhos dia 30 de junho e não esperava passar pela situação. "Eles estão assustados porque dizem que o avião vem baixo e ataca."

Ataques a pontes e estradas tornam o transporte interno no Líbano perigoso. O aeroporto internacional de Beirute foi atacado pela segunda vez ontem.

O agente de viagens e presidente do Centro Cultural Beneficente Islâmico de Foz do Iguaçu, Ali Zaki Moussa, diz que diariamente recebe inúmeros pedidos para viabilizar a volta dos brasileiros, mas a situação está cada vez mais complicada porque pontes, rodovias estratégicas e a pista do aeroporto de Beirute foram destruídos. "Não há como fugir". Ele vendeu cerca de 300 passagens ao Líbano.

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