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Soldados israelenses formam cerco em Gaza
Exército israelense intensifica ofensiva contra o grupo terrorista Hamas ao sul de Gaza| Foto: EFE/EPA/Neil Hall

Apesar da intensa pressão internacional para a retomada da trégua e o fim dos ataques à população civil, o Exército de Israel avançou com suas tropas ao sul da Faixa de Gaza neste domingo (3), na tentativa de capturar líderes do grupo fundamentalista islâmico escondidos na região. Este é o primeiro avanço terrestre em direção ao Rio Gaza, que divide norte e sul do território e até agora está sob controle do Hamas.

Khan Younis, a segunda maior cidade do enclave, localizada no sul, e Rafah, na fronteira com o Egito, foram alvo de fortes bombardeios durante a madrugada e manhã deste domingo, além de partes do norte, como Jabalya, Zeitoun e Shejaiyeh, onde a ofensiva israelense ainda não havia consolidado presença.

À rede britânica BBC, James Elder, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unesco), afirmou que os bombardeios têm sido "implacáveis" e com bombas "incessantes". O Exército israelense orientou neste domingo que novas áreas ao redor de Khan Younis, onde estão abrigadas milhares de pessoas que fugiram no norte no início da guerra, fossem esvaziadas.

Autoridades da ONU classificam a situação dos civis em Gaza como uma "crise de deslocamento". "Os palestinos estão sendo empurrados cada vez mais para um canto estreito do já é um território muito pequeno", disse o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, na Conferência do Clima de Dubai, a COP28.

Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, destacou que "centenas de milhares de pessoas" estavam "confinadas em áreas cada vez menores", sob orientação de Israel. Neste domingo, o Escritório da ONU para Coordenação de Questões Humanitárias estimou que cerca de 1,8 milhão dos 2,2 milhões de habitantes estão deslocados de suas regiões de moradia em Gaza.

Trégua durou uma semana e novos ataques matam mais 200

Na sexta-feira teve o fim do cessar fogo de uma semana, negociado pelo Catar com a ajuda dos EUA e do Egito, a partir de 24 de novembro. Desde então, os bombardeios foram retomados pelo Exército de Israel, que afirma ter lançado mais de 400 ataques.

Desde o começo da guerra, as forças israelenses acreditam ter efetivado cerca de 10 mil ataques aéreos em Gaza. Neste domingo, declarou ter descoberto cerca de 800 túneis, 500 deles já destruídos.

O Hamas e o grupo armado Jihad Islâmica continuam lançando foguetes contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv, grande parte interceptada pelo Domo de Ferro, sistema de defesa antiaérea israelense. O Ministério de Saúde do Hamas diz que os ataques dos últimos três dias deixaram quase 200 mortos. Com isso, desde o início do conflito, o total de mortos chega a 15.523, entre eles cerca de 6 mil menores.

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