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Peça de decoração encontrada em caverna na Cidade do Cabo | Chris Henshilwood (University of the Witwatersrand)/AFP
Peça de decoração encontrada em caverna na Cidade do Cabo| Foto: Chris Henshilwood (University of the Witwatersrand)/AFP

Duas conchas contendo uma mistura primitiva de tinta foram escavadas na África do Sul, revelando o que cientistas acreditam ser os vestígios de um ateliê de arte com 100 mil anos. A descoberta sugere que os humanos primitivos tinham noções de química básica e eram capazes de planejar com antecipação o armazenamento da tinta para usos futuros, fossem eles de cunho cerimonial, decorativo ou protetor. As conchas de abalone tinham uma pasta contendo ocre, argila colorida por óxido de ferro com matizes amarelas e avermelhadas, que pode ter sido usada para decorar o corpo ou fazer pinturas, destacou o estudo publicado na revista científica Science. As conchas foram encontradas na Caverna Blombos, na Cidade do Cabo, perto de outras ferramentas que sugerem que foram usadas para retirar lascas de ocre e misturá-las com outros compostos para formar uma tinta líquida. É provável que os artistas da Idade da Pedra esfregassem pedaços de ocre sobre placas de quartzo para obter um pó fino de cor vermelha. Acredita-se que as lascas de ocre eram esmagadas com martelos de quartzo e misturadas com ossos quentes de animais, carvão, pedaços de pedra e algum líquido. O preparo era, então, transferido para as conchas e "suavemente misturado", segundo o estudo conduzido por Chris­­topher Henshilwood, do Instituto de Evolução Humana da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo.

Vinagre vira arma de combate ao câncer

Maikaew Panomyai saiu feliz da sala de exame porque a enfermeira havia acabado de dizer que ela não tem câncer cervical e que até a manchinha branca que havia tratado há três anos desapareceu.

O que permitiu que a enfermeira fizesse esse diagnóstico tranquilizador foi um procedimento extremamente simples, rápido e barato, com o potencial de fazer pelos países pobres o que o exame Papanicolau fez para os ricos: acabar com o reinado do câncer cervical como assassino número um das mulheres.

O ingrediente mágico? Vinagre artesanal. A cada ano, mais de 250 mil mulheres morrem de câncer cervical, quase 85 por cento delas nos países de baixa e média renda. Décadas atrás, ele matou mais mulheres nos EUA do que qualquer outro câncer e agora ele está muito atrás dos cânceres de pulmão, cólon, mama e pele. As enfermeiras que usam o novo procedimento, desenvolvido por especialistas da faculdade de medicina John Hopkins na década de 1990 e aprovado no ano passado pela Organização Mundial de Saúde, passam vinagre no colo do útero de uma mulher. Isso faz com que manchas pré-cancerosas fiquem brancas. Depois, elas podem ser congeladas imediatamente com uma sonda de metal resfriada por um tanque de dióxido de carbono. O procedimento faz parte de uma ampla variedade de avanços médicos baratos e eficazes que estão sendo testados nos países em desenvolvimento.

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