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Supostos militantes islâmicos atacaram na quarta-feira com tiros e com uma bomba a sede paquistanesa de uma ONG cristã norte-americana, matando seis de seus integrantes, segundo fontes policiais e da entidade.

O incidente no escritório da ONG World Vision no distrito de Mansehra, 65 quilômetros ao norte de Islamabad, ocorreu por volta de 9h (1h em Brasília), de acordo com policiais. "Eles entraram no prédio, acionaram uma bomba e então abriram fogo", disse o policial Sajid Khan por telefone à Reuters, de Mansehra.

A World Vision afirmou que os mortos eram funcionários paquistaneses. A ONG decidiu suspender suas operações no país.

Em nota, a World Vision afirmou que sete funcionários ficaram feridos e um está desaparecido. A entidade informou que todo o trabalho de ajuda humanitária e ao desenvolvimento no país era realizado por paquistaneses. "Aqueles que matam trabalhadores humanitários devem se lembrar de que estão não só matando residentes do seu próprio país, mas também pessoas que tentam melhorar as vidas das vítimas da pobreza e da injustiça", disse a nota.

A cidade de Mansehra recebe muita ajuda humanitária desde que um terremoto matou 73 mil pessoas ali, em outubro de 2005. Em geral, a região é pacífica, embora eventualmente ocorram incidentes violentos.

Em 2008, militantes islâmicos atacaram um escritório da entidade Plan International na cidade de Mansehra, matando quatro funcionários locais.

O distrito fica a oeste da região de Swat, onde o Exército lançou há um ano uma ofensiva contra o Taliban paquistanês.Khan disse que a polícia trocou tiros com os agressores e está à caça deles.

A ONU e ONGs ocasionalmente se veem forçadas a limitar suas operações e os deslocamentos de funcionários estrangeiros por questões de segurança, mas muitas agências humanitárias continuam operando no Paquistão.

Eventualmente há hostilidade na zona rural de Mansehra, mais conservadora, contra presença de funcionárias mulheres ou contra projetos voltados para mulheres.

A World Vision disse não ter recebido ameaças antes do atentado, e Khan afirmou que a ONG não tinha um esquema de segurança adequado. "Eles tinham só um guarda que não portava armas", afirmou.

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