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Veja onde fica o local do atentado |
Veja onde fica o local do atentado| Foto:

Uma suicida mulher matou ontem pelo menos 54 peregrinos xiitas no norte de Bagdá, enquanto faziam uma peregrinação anual para a cidade sagrada de Karbala. A mulher escondeu os explosivos debaixo de uma abaya – uma vestimenta preta que cobre as mu­­lheres dos pés à cabeça – em Shaab, bairro de Bagdá dominado por xiitas, disse o major-general Qassim al-Moussawi, principal porta-voz militar de Bagdá.

A mulher se explodiu quan­­do estava numa fila de mulheres que seriam revistadas por seguranças femininas num posto de verificação dentro de uma tenta de descanso, disse al-Moussawi.

Após passar pe­­la revista, as peregrinas mu­­lheres recebem água e refrescos, disse um policial. A polícia informou que pelo menos 54 pessoas morreram e 117 ficaram feridas.

Testemunhas descreveram a cena caótica minutos após a explosão. Raheem Kadhom, de 35 anos, estava a cerca de 140 metros do local e disse que uma grande bola de fogo surgiu em meio aos peregrinos, que ficaram "no chão, cobertos de sangue e pedindo ajuda", disse ele.

O grande número de peregrinos e as distâncias que mui­­tos deles têm de percorrer, em períodos previsíveis nesta épo­­ca do ano, torna impossível garantir sua segurança contra grupos extremistas. As autoridades iraquianas não têm policiais suficientes para fazer revistas na maioria dos postos de verificação e as forças de segurança relutam em usar cães farejadores de bombas por questões culturais.

O ataque é o último de uma série de atentados de larga escala dentro de e ao redor de Bagdá. Ataques contra três ho­­téis de Bagdá foram realizados na segunda-feira da semana passada. No dia se­­guinte, um veículo cheio de explosivos foi detonado perto de um escritório de investigação, ligado ao Ministério do Interior.

O Estado Islâmico do Ira­­que, grupo ligado à rede terrorista Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelos dois ataques. Ataques de grande escala contra prédios do go­­verno e ministérios também foram realizados em Bagdá em agosto, outubro e dezembro, ma­­tando centenas de pes­­soas e prejudicando a confiança nas forças de segurança iraquianas.

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