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Pessoas observam o ônibus em que ocorreu o atentado, na cidade egípcia de Taba, no sul da península do Sinai | Reuters
Pessoas observam o ônibus em que ocorreu o atentado, na cidade egípcia de Taba, no sul da península do Sinai| Foto: Reuters

Negociação

John Kerry critica a "intransigência" do governo sírio

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, criticou ontem a "intransigência" do regime sírio durante a segunda rodada de negociações de paz, que terminou no sábado em Genebra. Segundo Kerry, os Estados Unidos e a comunidade internacional usarão o "recesso" nas negociações para discutir os próximos passos em direção a uma solução diplomática para o conflito no país, que já dura três anos. As reuniões entre o governo do presidente da Síria, Bashar Assad, e a oposição terminaram sem acordo, e o ministro de Relações Exteriores do país, Walid al-Muallem, acusou os EUA de "tentarem criar um clima negativo para o diálogo". Kerry, por sua vez, disse que a obstrução do regime de Assad dificultou ainda mais o diálogo. Em uma referência velada à Rússia, o secretário de Estado norte-americano disse que os apoiadores de Assad devem pressionar o governo sírio. "No final, eles também serão responsáveis se o regime continuar com sua intransigência nas negociações e suas táticas brutais em terra", disse.

132 membros da Irmandade Muçulmana serão julgados no Egito, além do ex-presidente Mohammed Mursi, que responde por conspiração. A acusação é de que ele se aliou ao Hamas e ao Hezbollah para fugir da cadeia.

30 pessoas estavam dentro do ônibus que explodiu na Pe­nínsula do Sinai ontem. A re­gião sofre com a violência – sobre­tu­do de grupos radicais islâ­mi­cos – desde a queda de Mohammed Mursi.

O grupo terrorista "Ansar Jerusalem" ("apoiadores de Jerusalém") assumiu a responsabilidade pela explosão de um ônibus turístico, ocorrida ontem. O atentado matou ao menos quatro pessoas – três turistas da Coreia do Sul e o motorista egípcio – e deixou cerca de 20 feridas na Península do Sinai. O veículo explodiu quando se preparava para entrar em Israel a partir do Egito, onde os turistas passaram o fim de semana visitando atrações no Sul do Sinai.

"Como prometemos, graças a Deus explodimos o ônibus em Taba e vamos continuar orientando nossos ataques contra sua economia, seu turismo e seu gás", escreveu o grupo em seu perfil na rede social Twitter.

A explosão ocorreu em meio ao aumento da violência no Sinai pela atuação de grupos radicais islâmicos na região. A maioria das ações acontece contra as forças de segurança, e registraram crescimento após a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho.

A violência está afetando a indústria do turismo do Egito, uma das mais importantes fontes de renda do país, que luta para sair da crise econômica provocada pela instabilidade política.

Justiça

Foi adiada ontem a segunda audiência do julgamento do presidente deposto do Egito Mohammed Mursi. A sessão foi transferida para o próximo domingo porque a defesa se retirou da sala.

Os defensores se recusaram a continuar no julgamento porque Mursi foi colocado dentro de uma redoma de vidro à prova de som, o que lhe impede de interromper o julgamento. Essa foi a segunda vez que os juízes usaram o recurso para evitar que Mursi se pronuncie. Em outras sessões judiciais, Mursi gritava, dizendo que ainda era o presidente do Egito e chamando de farsa o julgamento.

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