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Ao menos 26 pessoas morreram após uma série de atentados com carros-bomba em vários bairros de maioria xiitas de Bagdá, a capital do Iraque, segundo reportaram autoridades médicas e policiais. As explosões atingiram lojas, restaurantes e ruas comerciais. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados da manhã deste domingo, mas os rebeldes sunitas vêm intensificando suas operações desde o começo do ano, numa tentativa de desestabilizar o governo xiita e provocar mais confrontos entre as comunidades rivais.

Uma das explosões destrui as fachadas de lojas no bairro de Qaiayara, enquanto outra deixou espalhados os restos retorcidos e o motor de um carropor uma rua comercial de Karrada, bairro repleto de lojas e restaurantes.

"Estava comprando um aparelho de ar condicionado e, de repente, houve uma explosão. Me joguei no chão. Minutos depois, vi muitas pessoas ao redor, algumas mortas, outras feridas'', disse Jumaa Karim, vendedor do bairro de Habibiya, com a camisa manchada de sangue.

O ataque mais fatal ocorreu em um mercado popular na área de Al Huseiniya, no leste, onde quatro pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba.

Explosões similares aconteceram em outros dois mercados, um deles de frangos, em uma intersecção de ruas e em dois estacionamentos.

No sábado, um terrorista suicida matou o general-de-brigada Auni Ali, que dirigia a principal academia de inteligência no Iraque, em um ataque ocorrido em frente a sua casa numa cidade do norte do país, depois de detonar o colete de explosivos que vestia, afirmaram fontes policiais. No começo do mês, uma série de atentados com carros-bomba em áreas xiitas de todo o país causou a morte de 34 pessoas.

A violência aumentou no Iraque no último ano após a saída das tropas americanas, em dezembro de 2011, com vários atentados, muitos deles contra as forças de segurança e os xiitas.

Atualmente, o país vive uma crise política originada pelos protestos nas províncias de maioria sunita, onde os manifestantes se queixam da marginalização que dizem sofrer por parte do governo do primeiro-ministro Nouri al Maliki.

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