• Carregando...
A casa do atirador Jared Loughner, de 22 anos: investigadores encontraram envelope com frases escritas aleatoriamente, como “Eu planejei”, “Meu assassinato” e “Giffords” (sobrenome da deputada que levou um tiro na cabeça) | Rick Willking/Reuters
A casa do atirador Jared Loughner, de 22 anos: investigadores encontraram envelope com frases escritas aleatoriamente, como “Eu planejei”, “Meu assassinato” e “Giffords” (sobrenome da deputada que levou um tiro na cabeça)| Foto: Rick Willking/Reuters

As vítimas

Conheça um pouco mais sobre os seis mortos no tiroteio no Arizona:

Christina Taylor Green

Fez parte de um livro chamado "Faces of Hope" (Faces da Esperança, em tradução livre), representando crianças que nasceram no dia 11 de setem­­bro de 2001. Tinha 9 anos.

John M. Roll

Juiz federal, de 63 anos, recebeu ameaças de morte em 2009 após permitir que um caso ingressado por imigrantes ilegais seguisse para julgamento popular.

Phyllis Schneck

Uma bisavó de 79 anos, admirava Gabrielle Giffords por suas opiniões relacio­­na­­das à segurança de fronteira. Republicana, ela foi ao evento porque votou em Gabrielle.

Gabe Zimmerman

Era um dos assessores da parlamentar democrata. Tinha 30 anos e havia noivado há pouco tempo.

Dorothy Morris

Aposentada de 76 anos, estava com o marido no evento político. Ela morreu na hora, e ele permanece no hospital, em situação crítica.

Dorwin Stoddard

Funcionário de uma igreja local, tinha 76 anos. Segundo testemunhas, protegeu a esposa com o próprio corpo durante o tiroteio.

O autor dos disparos que mataram 6 pessoas e feriram outras 14 em Tucson, no Arizona, no último sábado, se apresentou ontem ao tribunal. Segundo a polícia, há evidências de que o ataque foi "meticulosamente planejado". Entre os feridos está a deputada democrata Gabrielle Giffords, que permanece internada, em coma induzido.

Na casa do atirador Jared Lough­­ner, de 22 anos, os promotores encontraram um envelope com frases cortadas, como "Eu planejei", "Meu assassinato" e "Giffords", escritas aleatoriamente. Em entrevista ao site Mother Jones, um colega de Loughner, Bryce Tierney, contou que o atirador apresentava uma mágoa de Gabrielle Giffords desde que participou de um evento de campanha da democrata e não teria recebido uma resposta satisfatória a uma pergunta feita à deputada. Documentos mostram que a política democrata enviou uma carta a Loughner, agradecendo-o por comparecer a um evento em Tuc­­son em 2007.

Tierney também descreveu o amigo como "obsessivo" com "so­­nhos lúcidos" – a ideia de que so­­nhos conscientes são uma realidade alternativa que as pessoas podem habitar e controlar. "Ele estava mais interessado nesse mundo do que na nossa realidade", disse o colega.

Um funcionário do Pentágo­­­no afirmou sob anonimato que Lough­­­­ner foi rejeitado pelo exército há dois anos, quando tentou se alistar, porque o teste de drogas deu positivo e indicou que o jovem ha­­via consumido alguma substância proibida. Ele não disse qual foi a droga utilizada.

Acusação

Loughner é acusado de cinco crimes: duas acusações de homicídio em primeiro grau e três por tentativa de homicídio. Foi a primeira vez que Loughner apareceu em público desde o ataque.

Ele vai ser representado pela advogada Judy Clarke, a mesma que já defendeu o Unabomber – Theodore Kaczynski, condenado à prisão perpétua por matar três pessoas e ferir 23 por meio de cartas-bomba – e Zacarias Mous­­saoui, que cumpre pena por seu envolvimento no 11 de Setembro.

O presidente Barack Obama liderou na manhã de ontem um momento de silêncio nacional em homenagem às vítimas do tiroteio. Obama, que prestou a homenagem no jardim da Casa Branca, disse que "depois teremos bastante tempo para refletir. Agora, a coisa principal que podemos fa­­zer é oferecer nossos pensamentos e nossas orações aos que foram atingidos’’.

Giffords, uma política democrata de 40 anos, está internada em estado delicado em um hospital de Tucson, após receber um tiro na cabeça de uma curta distância. Os médicos disseram que ela respondia aos pedidos para que pressionasse seus dedos, o que dava esperança a eles de que a paciente possa sobreviver.

Segundo a Casa Branca, Oba­­ma ligou para o marido de Gif­­fords e familiares das outras vítimas. O presidente conversou ain­­da com o senador John McCain, seu rival na disputa presidencial de 2008 e que representa o Ari­­zona.

McCain, que esteve até ontem no Brasil, afirmou que o ataque foi praticado por "uma pessoa insana’’.

Saiba mais: "É o preço de viver num país livre", diz pai de menina assassinada

Saiba mais: Democratas denunciam "retórica envenenada" dos republicanos

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]