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Ativista indiano, Anna Hazare, depois de ser detido pela polícia em Nova Délhi. A polícia prendeu o ativista anticorrupção nesta terça-feira, poucas horas antes de ele jejuar até a morte, enquanto o governo reprimia um ativista ao estilo Gandhi que agitava o povo para uma nova luta pela "liberdade" | REUTERS/Adnan Abidi
Ativista indiano, Anna Hazare, depois de ser detido pela polícia em Nova Délhi. A polícia prendeu o ativista anticorrupção nesta terça-feira, poucas horas antes de ele jejuar até a morte, enquanto o governo reprimia um ativista ao estilo Gandhi que agitava o povo para uma nova luta pela "liberdade"| Foto: REUTERS/Adnan Abidi
  • Os protestos espontâneos contra a repressão eclodiram nas principais cidades do centro financeiro da Índia, de Mumbia a Calcutá

A polícia prendeu um ativista anticorrupção da Índia nesta terça-feira, poucas horas antes de ele jejuar até a morte, enquanto o acossado governo reprimia um ativista ao estilo Gandhi que agitava o povo para uma nova luta pela "liberdade".

Pelo menos 1.200 seguidores de Anna Hazare, de 74 anos, também foram detidos, assinalando uma postura linha-dura do primeiro-ministro Manmohan Singh contra protestos antigoverno, uma aposta que pode terminar mal para o seu partido do Congresso.

Vestido com sua marca registrada - uma camisa branca, boné branco e óculos parecidos com o líder da independência indiano Mahatma Gandhi -, Hazare foi levado em um carro por policiais à paisana, enquanto acenava para centenas de simpatizantes reunidos em frente a sua casa em Nova Délhi.

Seus seguidores mais tarde disseram que Hazare, um ex-soldado do exército, começou seu jejum na prisão. Ele ficou detido durante uma semana e levado para a prisão de Tihar, que abriga várias autoridades do governo, incluindo o ex-ministro das Telecomunicações, que foi preso por causa de um escândalo de corrupção bilionário.

"A segunda luta pela liberdade começou... essa é uma luta por mudança", disse Hazare em uma mensagem pré-gravada transmitida pelo YouTube. "Os protestos não devem parar. Chegou a época em que nenhuma cadeia do país terá vagas."

Em um país onde a lembrança das batalhas pela independência de Gandhi contra o regime colonial, usando jejuns e protestos não violentos, está embutida na consciência nacional, a repressão chocou muitos indianos de todas as classes sociais.

Também acontece quando o líder do partido do Congresso, Sonia Gandhi, está nos Estados Unidos sendo tratada de uma enfermidade.

A questão agora é se Hazare e seu movimento vão crescer no país de 1,2 bilhão de pessoas, que se urbaniza a ritmo acelerado e cuja classe média já está cheia das propinas constantes, dos serviços precários e de líderes irresponsáveis.

Em um sinal preocupante para um governo que enfrentará eleições estaduais vitais no próximo ano, os protestos espontâneos contra a repressão eclodiram nas principais cidades do centro financeiro da Índia, de Mumbia a Calcutá. A polícia disse que várias centenas de pessoas foram presas, a maioria em Nova Délhi.

O ministro do Interior Palaniappa Chidambaram disse que Hazare e outros líderes haviam sido colocados sob "prisão preventiva". "O protesto é bem-vindo, mas deve ser realizado sob condições razoáveis", disse o ministro em uma coletiva de imprensa.

Partidos de oposição exigiam a libertação imediata de Hazare.

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