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O marechal Hussein Tan­­tawi, chefe da junta militar que governa o Egito, devolveu ontem os direitos políticos plenos ao ex-deputado Ayman Nur, o que permitirá que o ativista concorra às eleições presidenciais egípcias em maio, informou a mídia estatal do Egito.

Nur, que em 2005 desa­­fiou o então presidente Hos­­ni Mubarak nas eleições, chegando a obter 7% dos votos, foi mais tarde acusado de fraudes eleitorais e condenado.

No ano passado, após a derrubada de Mubarak, ele teve rejeitado um apelo feito à Justiça para que a cassação dos direitos políticos fosse derrubada.

Ontem, Tantawi declarou que Nur "poderá participar com todos os seus direitos políticos" das eleições, disse a agência estatal Mena. Nur saiu da obscuridade para a fama quando se candidatou nas primeiras eleições presidenciais do Egito com mais de um candidato, em 2005.

Ele fundou o Hizb al-­­­­­­Ghad, ou Partido do Amanhã, um movimento secular. Ele obteve 7,6% dos votos e Mubarak foi mais uma vez reeleito sob acusações de fraudes.

Alguns meses depois das eleições, Nur foi acusado de fraudes em listas partidárias e sentenciado a cinco anos de prisão. A sentença foi denunciada pelos Estados Unidos, então aliados de Mubarak, que pediram a libertação de Nur. Diabético, o político foi solto por motivos de saúde em 2009.

Para concorrer à presidência, contudo, Nur ainda precisará ser nomeado pelo Hizb al-Ghad, ou assegurar o endosso de 30 parlamentares ou de 30 mil eleitores de 15 províncias. A eleição presidencial egípcia foi marcada para 23 e 24 de maio.

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