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Ativistas de direita entraram em conflito com a polícia, que cercou um acampamento usado como base para uma marcha contra a retirada dos assentamentos da Faixa de Gaza, nesta terça-feira. De acordo com testemunhas, pelo menos 20 manifestantes foram presos na entrada de Kfar Maimon, localizada há 15 quilômetros da Faixa de Gaza. Cerca de 15 mil ativistas de direita reunidos na área planejam marchar até os assentamentos de Gaza, apesar das tentativas da polícia de conter o protesto.

- Esse protesto é ilegal. Está encerrado Estamos oferecendo viagens de ônibus de graça para suas casas - gritavam os policiais em megafones para os manifestantes, muitos dos quais estavam vestidos com camisas laranja, símbolo dos ativistas contra a retirada.

O ministro de Defesa da Israel, Shaul Mofaz, esteve na manhã desta terça-feira com o Comando do Sul do Exército e deu ordens expressas para que as forças de segurança não deixem que os manifestantes de Kfar Maimón bloqueiem Gush Katif.

A pouco quilômetros do 'acampamento laranja', um grupo de soldados israelenses descansavam embaixo de uma tenda levantada especialmente para a ocasião. Outros recebiam instruções de altos comandos.

Pouco depois, soldados e agentes de segurança cercaram a zona de acampamento, onde os manifestantes os receberam com cânticos litúrgicos. Muitos afirmavam que não tinham medo da polícia. "Os que não têm liberdade na terra de Sion, venham aqui e todos juntos cantaremos para Deus", cantavam os manifestantes.

Os manifestantes reuniram-se em Kfar Maimon após terem conseguido driblar os bloqueios armados pela polícia, cujo objetivo era evitar a chegada ao assentamento de Gush Katif, onde ocorreria o protesto.

Centenas de policiais e soldados cercaram as tendas dos manifestantes enquanto eles dormiam e um conflito tenso teve início antes mesmo do amanhecer.

As forças de segurança israelenses ordenaram que a área próxima à Faixa de Gaza seja fechada como zona militar para evitar que os ultranacionalistas invadam os assentamentos e atrapalhem a realização do plano de retirada.

O Conselho de Assentamento Judeus (Yesha, na sigla em inglês) denunciou que as organizações de segurança usaram a força em excesso contra os manifestantes.

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