Um grupo de ativistas contrário ao regime sírio impediu nesta quarta-feira (9) a entrada na sede da Liga Árabe, no Cairo, de uma delegação de membros da oposição interna da Síria, que pretendia se reunir com o secretário-geral do órgão, Nabil al-Arabi.
Militantes sírios de direitos humanos, que representam a chamada "oposição interna", não conseguiram entrar na sede Liga Árabe após terem sido atingidos por manifestantes que jogaram ovos e pedras por considerá-los simpatizantes ao regime de Bashar Al Assad.
A delegação, procedente da Síria, havia solicitado uma reunião urgente com Arabi poucos dias antes da reunião ministerial do órgão, prevista para o próximo sábado, que debaterá a situação da Síria.
Um dos organizadores da manifestação desta quarta-feira disse que se reuniu com a delegação atacada, que "em nenhum momento se mostrou a favor de impedir a adesão da Síria à Liga Árabe, nem a favor do estabelecimento de uma região de exclusão aérea para proteger os civis".
Já o representante da Coordenação da Revolução Síria no Cairo, Ahmed Hamuda, explicou que a delegação da oposição interna representa partidos políticos que não aderiram ao Conselho Nacional Sírio (CNS).
O oficial do Exército sírio Mohammed El Mahmoud, que deixou seu país há quatro meses, disse que a delegação "não quer acabar com o regime" e anunciou a realização de uma "grande manifestação" no sábado às 10 da manhã (horário local).
Em uma nova tentativa de conter a violência no país, a oposição síria está mantendo encontros com os países integrantes do grupo de contato da Liga Árabe para convencê-los a impedir a adesão de Damasco na reunião dessa organização, no próximo sábado (12).
Pelo menos 3,5 mil civis foram assassinados pelas forças governamentais, de acordo com os últimos números divulgados na terça-feira (8) em Genebra, na Suíça, pela ONU.
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