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Uma multidão de 500 mil libaneses se reúne no centro de Beirute nesta terça-feira para marcar o primeiro aniversário do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri.

A morte, no dia 14 de fevereiro, provocou uma reviravolta na política do Líbano. Os protestos que se seguiram forçaram a Síria a encerrar suas três décadas de presença militar no vizinho e uma eleição geral levou ao poder uma coalizão anti-Damasco pela primeira vez desde o fim da guerra civil (1975-1990).

Milhares de soldados e policiais libaneses patrulhavam Beirute e seus subúrbios, enquanto milhares de pessoas de todas as partes do país chegavam à Praça dos Mártires, no centro da capital, onde Hariri está enterrado.

As medidas de segurança foram reforçadas depois do violento protesto no país contra as charges do profeta Maomé publicadas em jornais europeus. A missão dinamarquesa foi incendiada e uma igreja, vandalizada.

A manifestação por Hariri foi convocada pela coalizão anti-síria liderada pelo filho e herdeiro político do ex-premier, Saad al-Hariri, que insiste que os responsáveis sejam levados à Justiça.

- Vim aqui para dizer que o regime terrorista sírio, que mata, nunca escapará da punição - disse Amal Yassin, mãe de três filhos, enquanto balançava uma bandeira do Líbano no meio da multidão.

Uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assassinato implicou autoridades de segurança sírias e seus aliados libaneses. Damasco nega participação no atentado.

Quatro generais pró-Síria foram detidos e acusados de participação no assassinato, mas ainda não foram indiciados.

Apesar da retirada síria, em abril, uma série de atentados e assassinatos de figuras anti-Síria, além de crises políticas e da volta da tensão sectária, provocaram temores de instabilidade no Líbano.

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