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Algemado, o ator George Clooney é levado por policiais durante protesto em frente da Embaixada do Sudão, em Washington | Paul J. Richards/AFP
Algemado, o ator George Clooney é levado por policiais durante protesto em frente da Embaixada do Sudão, em Washington| Foto: Paul J. Richards/AFP

Engajamento

Astro corre o mundo para defender causas humanitárias

As ações do ator George Clooney em defesa de causas humanitárias têm se destacado nos últimos anos. Em 2008, o astro foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mensageiro da Paz. Ele viajou para vários países da África, como Sudão, Chade e República Democrática do Congo, onde teve atuação de apoio às Nações Unidas no esforço de manutenção da paz no continente.

Clooney fez um documentário sobre a realidade em Darfur e voltou os olhos do mundo para uma situação de extrema necessidade de milhares de pessoas. O ator defende uma cão diplomática mais agressiva no Sudão, de forma a evitar um genocídio no país.

O ator também teve presença importante na ajuda ás vítimas do terremoto que arrasou o Haiti em janeiro de 2010.

Fervoroso partidário do presidente dos EUA, Barack Obama, Clooney esteve quinta-feira na Casa Branca para denunciar a crise humanitária que assola as regiões fronteiriças entre o Sudão e o Sudão do Sul.

O ator George Clooney e outras 13 pessoas – incluindo seu pai, Nick, e deputados democratas – foram presos ontem em um protesto diante da Embaixada do Su­­dão em Washington, coroando com manchetes uma semana de lobby contra o ditador Omar Ba­­shir na capital norte-americana.

"Protestamos para chamar atenção para o fato de que o go­­verno sudanês está cometendo atrocidades contra seu próprio povo", disse o ator a câmeras de tevê antes de iniciar o ato político pelo qual passaria cinco horas detido.

A tática deu certo. Além de to­­mar sites e canais de tevê, a notícia de sua prisão passou parte do dia entre os temas mais comentados do Twitter, onde deu origem ao tópico de discussão #Free Clo­­oney (libertem Clooney) e a apelos de ativistas e fãs.

Protestos em Washington são frequentes, mas breves, e raramente acabam resultando na prisão de alguém.

Clooney e os demais manifestantes, como Martin Luther King 3.º (filho do líder civil assassinado), foram presos pelo Serviço Se­­creto após três alertas por "inva­­direm desordenadamente um limite estabelecido pela polícia".

Não havia ficado claro, até a conclusão desta edição, se eles pa­­garam fiança, mas foram divulgadas informações, não confirmadas pelas autoridades, que ele pagou US$ 100. Solto, o ator brincou sobre seu tratamento. "Já foram para a cadeia com essa gente?", disse, aludindo aos colegas.

Clooney passou a semana em reuniões em Washington, e na quarta depôs sobre a situação no Sudão, que visitara, em uma au­­diência no Senado para a qual fãs e ativistas fizeram longa fila. O au­­tor também se reunir com o presidente Barack Obama, a quem pediu ações para impedir a escalada de violência no Sudão.

O ator pede o aumento da ajuda humanitária para o país, onde as forças de Bashir dificultam a distribuição.

Segundo a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, 80 mil pessoas fugiram dos conflitos e bombardeios no estado do Nilo Azul rumo ao vizinho Sudão do Sul, que se separou do país no ano passado.

"É preciso que a oferta de ajuda humanitária seja ampliada com urgência", pediu a ONG em co­­municado.

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