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A primeira audiência preliminar sobre o naufrágio do navio Costa Concordia em frente à ilha italiana de Giglio, que resultou na morte de 25 pessoas e deixou outras sete desaparecidas, foi realizada neste sábado e contou com a presença de mais de 500 pessoas, entre advogados, cientistas e sobreviventes da tragédia.

No entanto, a audiência, realizada no Teatro Moderno de Grosseto, não contou a presença do capitão Francesco Schettino. Apesar de se tratar de uma audiência organizada pelo juiz instrutor apenas para designar os peritos que analisarão as provas da investigação, centenas de pessoas compareceram ao local para expressarem o descontentamento com a tragédia que se poderia ter sido evitada.

"A culpa do ocorrido não é só de Schettino. Integrantes da tripulação também não ajudaram os passageiros a sair do navio", afirmou uma sobrevivente siciliana que compareceu à audiência acompanhada de seu advogado, enquanto outro passageiro gritava: "o capitão é um criminoso".

Schettino, que se encontra em prisão domiciliar, não compareceu participou da audiência, assim como outros oito investigados. Além do capitão do navio, que deverá ser acusado por homicídio, naufrágio e abandono da embarcação, outros tripulantes também estão sendo investigados, caso de Ciro Ambrosio, o segundo na linha de comando, e outros quatro oficiais: Andrea Bongiovanni, Roberto Bosio, Silvia Coronica e Salvatore Ursino.

Outros três dirigentes do Costa Cruzeiros também estão sendo investigados: o vice-presidente executivo de operações da frota, Manfred Ursprunger, o chefe da Unidade de Crise, Roberto Ferrarini, e o superintendente da frota, Paolo Parodi.

Durante a audiência, os juízes também apresentaram uma nova acusação contra os investigados, o de destruição de habitat natural, já que eles consideraram que o incidente deteriorou parte da ilha do Giglio.

Desde o dia 13 de janeiro, data do naufrágio, o imenso cruzeiro se encontra encalhado a poucos metros do litoral da ilha do Giglio. De acordo com os cálculos das autoridades locais, a embarcação ainda deverá permanecer no local pelo menos mais 10 meses para ser removido.

Na audiência deste sábado, a juíza da instrução, Valeria Montesarchio, designou os peritos que serão encarregados de realizar os relatórios técnicos sobre o navio, assim como ler os dados da "caixa-preta", que revelará importantes informações - como a mudança da rota, por exemplo.

A próxima audiência preliminar será realizada no dia 21 de julho, quando os peritos terão que responder às perguntas da juíza Valeria Montesarchio, a presidente do tribunal. EFE

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