• Carregando...
Protesto em Washington contra o lobby da Associação Nacional do Rifle, que defende liberdade sem limites no comércio, porte e uso de armas | Jim Lo Scalzo/EFE
Protesto em Washington contra o lobby da Associação Nacional do Rifle, que defende liberdade sem limites no comércio, porte e uso de armas| Foto: Jim Lo Scalzo/EFE

Precaução

Escolas fecham em duas cidades de Connecticut por causa de suspeito

Todas as escolas em duas cidades de Connecticut, mesmo estado onde aconteceu o massacre na escola Sandy Hooks na última sexta-feira, foram fechadas, após uma "pessoa suspeita" ser vista andando com um rifle em Ridgefield. Por medida de precaução, a cidade de Redding também fechou todas suas instituições de ensino.

De acordo com o comunicado da superintende da polícia da cidade, Deborah Low, um homem foi visto carregando um rifle em uma estação de trem na região de Ridgefield, por isso as autoridades estariam em alerta.

Autoridades e cães farejadores de diversas cidades fazem buscas para tentar achar o suposto homem armado, que foi visto por uma mulher que alertou a polícia. Ridgefield fica a 30 quilômetros de Newtown, onde na última sexta-feira um jovem abriu fogo em uma escola, matando 20 crianças, de 6 e 7 anos.

A tragédia na escola Sandy Hook, na pequena cidade de Newtown, em Connecticut (EUA), na última sexta-feira, quando um jovem matou 20 crianças e seis adultos, provocou uma grande pressão dos americanos defensores do controle de armas no país.

Líderes democratas afirmaram ontem que ações devem incluir a proibição do porte de armas militares e uma reavaliação da forma com que o país lida com indivíduos que sofrem de sérios problemas mentais.

O controle de armas foi um assunto amplamente discutido no início da década de 1990, quando o Congresso promulgou a proibição por 10 anos do porte de armas. Mas desde o término da proibição, em 2004, poucos norte-americanos manifestaram o desejo que o país tenha leis mais rígidas sobre o assunto.

"Acredito que estamos chegando em um limite, no qual conseguiremos fazer alguma coisa sobre essa situação", disse o senador Chuck Schumer.

Em discurso na noite de domingo no local do massacre em Newtown, Connecticut, o presidente Barack Obama não falou especificamente sobre o controle do porte de armas, mas prometeu agir para evitar que isso aconteça novamente.

Schumer e outros democratas querem a proibição das vendas de novas armas de fogo, além de tornar mais difícil o acesso de pessoas com deficiência mental a elas. A senadora Dianne Feinstein afirmou que vai introduzir uma lei que proíbe a venda de armas com mais de 10 balas. "Isso pode ser feito", disse.

Mesmo defensores das marmas demonstraram estar sensibilizados. O senador Joe Manchin III, da Virgínia Ocidental, democrata e forte defensor do direito de usar armas, disse que chegou a hora de "se mover além da retórica".

Cidade se despede de vítimas

Folhapress

De luto, moradores de Newtown, em Connecticut (EUA), enfrentaram ontem o frio e uma fina chuva para acompanhar as primeiras cerimônias de enterro das vítimas do massacre à escola primária de Sandy Hook.

No primeiro dia útil após o massacre de 26 pessoas na escola – entre elas, 20 crianças –, o pequeno vilarejo onde ocorreu a tragédia ainda estava mobilizado para confortar as famílias das vítimas.

Uma delas se dividia entre os sentimentos de tristeza e alívio. A família Pozner perdeu Noah, um garotinho que tinha acabado de completar seis anos – o mais novo entre as vítimas –, mas viu ser salva Arielle, sua irmã gêmea.

Inseparáveis em casa, os dois estudavam em salas diferentes – decisão tomada pelos pais que acabou poupando a vida da filha. O atirador nem chegou a entrar na sala onde estudava Arielle.

O pequeno Jack Pinto, 6 anos, também esteve entre as vítimas enterradas ontem. Fã de futebol americano, o menino tinha o jogador do New York Giants Victor Cruz como ídolo. E foi dele quem recebeu a principal homenagem.

Cruz escreveu com uma caneta "Jack Pinto, meu herói" e "R.I.P. Jack Pinto (descanse em paz, Jack Pinto)" em suas chuteiras e luvas e dedicou o jogo de domingo ao garoto.

Último desejo

Na sexta-feira, a mãe de Charlotte Bacon, 6 anos, outra vítima do atirador Adam Lanza, realizou o desejo da filha sem saber que era o último. Após muita insistência, a garotinha ruiva conseguiu vestir o vestido rosa e as botas brancas compradas pela mãe, Joann, e que estavam sendo guardados para comemorar o Natal.

"Ela tinha uma grande personalidade. Ela poderia manter uma conversa com qualquer adulto", disse John Hagen, tio de Charlotte ao jornal local Hartford Courant.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]